Marcelo: propostas do Governo sobre IRC e salários “são sob condição”

Para o Presidente da República, as propostas do Governo de redução selectiva do IRC e de aumentos salariais anuais de 4,8% entre 2023 e 2026 correspondem “a uma procura de equilíbrio, num plano como no outro”.

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Marcelo Rebelo de Sousa em visita à Califórnia, nos Estados Unidos LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O Presidente da República considerou esta quarta-feira, 28 de Setembro, que as propostas do Governo sobre IRC e aumento dos salários correspondem “a uma procura de equilíbrio”, mas afirmou que “são sob condição”, dada a incerteza que se vive.

“Todas as propostas apresentadas agora são sujeitas a condição”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Sausalito, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Interrogado sobre se não acredita que seja possível manter aumentos salariais anuais de 4,8% em média até 2026, como propõe o Governo, o chefe de Estado respondeu: “Não sei. Ninguém sabe. Para ser honesto, ninguém sabe.”

Segundo o Presidente da República, “são sob condição” as propostas apresentadas “neste momento, neste dia preciso deste mês preciso”, porque não se sabe se a situação vai “piorar ou não e piorar quanto”.

“Sei que as pessoas, estando agora a viver o que estão a viver, têm expectativas de compensação do que estão a viver e do que temem viver no futuro. Agora, o que é que vai ser esse futuro, como é que se vai projectar esse futuro, pois isso é que é difícil de fazer de uma forma muito rígida”, reforçou.

No seu entender, as propostas do Governo de redução selectiva do IRC e de aumentos salariais anuais de 4,8% entre 2023 e 2026 correspondem “a uma procura de equilíbrio, num plano como no outro”.

“Mas a palavra decisiva numa parte, que é a parte dos impostos, pertence ao Parlamento. E na outra parte pertence à concertação social e à realidade económica, uma vez que o sector privado vai ter de encarar essa realidade, não é só salários da função pública”, acrescentou.

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