Clara Raposo, presidente da escola de economia do ISEG, foi confirmada para o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal (BdP), segundo nota do Ministério das Finanças. Para a administração do banco central entram também Francisca Guedes de Oliveira, professora na escola de negócios da Católica Porto e actual administradora da AICEP; Helena Adegas, directora do Departamento de Mercados do BdP; e Rui Pinto, actual administrador da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), cujo mandato finda este ano.

Mantêm-se em funções o governador do BdP, Mário Centeno, o vice-governador Luís Máximo dos Santos, cuja recondução é proposta, e Hélder Rosalino, que se mantém administrador.

Já para a presidência da CMVM, é indicado Luís Laginha de Sousa, ex-presidente da Euronext Lisbon e actual administrador do Banco de Portugal. Laginha de Sousa “substituirá e completará o mandato de Gabriel Bernardino, que renunciou por questões de saúde após quatro meses em funções”.

Como administradores do supervisor das bolsas, as Finanças indicaram Inês Drumond, que passa de directora adjunta do Departamento de Estabilidade Financeira do BdP para a vice-presidência da CMVM, e ainda Juliano Ferreira, actual director do Departamento de Emitentes da CMVM, e Teresa Maria Gil, actual subdirectora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, com responsabilidade nos impostos sobre o rendimento e as relações internacionais.

“Uma vez designados para as respectivas funções, juntar-se-ão ao administrador José Miguel Almeida”, salienta o ministério.

Todos os indicados serão agora sujeitos a audição e emissão de parecer pela Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, sendo que, no caso dos indicados para desempenhar funções na CMVM, essa audição será precedida de pareceres da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP).

“Com a concretização das escolhas agora anunciadas ficarão preenchidas todas as posições nos conselhos de administração do Banco de Portugal e da CMVM, o que ocorre semanas depois de também terem sido indicados para a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) Adelaide Cavaleiro e Diogo Alarcão, os dois administradores em falta para que se pudesse completar o conselho de administração deste regulador”, lê-se no comunicado do ministério.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, salienta que este processo “ficou concluído em menos de seis meses após a tomada de posse”.

“Às escolhas presidiram critérios de competência e conhecimento, tendo presentes objectivos de renovação dos conselhos de administração, e de garantia de equilíbrios entre géneros, idades e áreas de especialização”.