Há um lobo mau no Cinema São Jorge

Lisboa volta a acolher o Motelx — Festival Internacional de Cinema de Terror. A parte dedicada aos mais novos é o Lobo Mau. As crianças adoram apanhar (e pregar) sustos.

Imagem de “Death With Interruptions”, uma curta realizada por Joana Vieira da Costa
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Imagem de Death With Interruptions, uma curta-metragem realizada por Joana Vieira da Costa Joana Vieira da Costa
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”Purgatory Stew”, de Audrey Samson (França) DR
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Imagem de ”Five”, de Peter Kaboth (Alemanha) DR
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“The Fall”, realização de Desirae Witte (Canadá) DR
Violão
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“Xtra Sticky”, de Camille Gaillard (França) DR
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“The Fall”, realização de Desirae Witte (Canadá) DR
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Lobo Mau é o nome da programação para crianças do Motelx DR

Serão os momentos menos terríficos, mas igualmente assustadores do Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que já vai na 16.ª edição. A pandemia de covid-19 obrigou à sua suspensão durante dois anos.

Dizem os organizadores sobre a programação dirigida aos mais novos, Lobo Mau: “Pretende trabalhar a afinidade do conto infantil com o universo do terror, subvertendo a máxima de que ‘os filmes de terror são contos de fadas para adultos’.”

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A programação destinada aos mais novos tem o nome (e o mote) Lobo Mau DR

Mas não serão apenas os filmes a preencher o espaço e o tempo dos mais novos, já que haverá várias actividades que lhes estão destinadas, como peças de teatro, ateliers ou workshops criativos. Tudo resultado da colaboração do festival, organizado pelo Cineclube de Terror de Lisboa, com diversas entidades.

O sempre divertido e muito participado peddy paper está de volta. É um “jogo de pistas imersivo pelos bastidores do Cinema São Jorge”, explica-se na divulgação. Também se dá conta de que Bernardo Gramaxo, que colaborou com o Motelx em 2019 com o Workshop Monstruoso, traz o Workshop Prático de Cinema, “de modo a dar noções básicas do aparelho cinematográfico aos mais pequenos”.

A secção Sustos Curtos também está garantida, curtas-metragens para assistir em família ou com as escolas. Três exemplos: Death With Interruptions (realização de Joana Vieira da Costa, Portugal), Fáros (realização de Reyna Buxton, EUA), The Fall (realização de Desirae Witte, Canadá).

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“Fáros” (realização de Reyna Buxton, EUA) DR

O festival tem início a 6 de Setembro, mas as crianças só entram em cena no dia 8, quinta-feira. Para começar, podem participar na Caixa dos Medos (15h, com inscrição prévia), uma oficina ministrada pelo Atelier Mina, que propõe um “workshop onde os medos de cada participante serão reunidos numa caixa”. Depois, “cada um agarra num medo do outro, para depois ilustrá-lo, para mostrar que as representações serão, seguramente, diferentes da do original”. O objectivo é “desmistificar medos e dar-lhes novas interpretações”.

Também no mesmo dia, as crianças podem assistir às sessões de curtas-metragens, com previsão de início às 16h, os tais Sustos Curtos.

Dia 9, as sugestões são as de a criança criar a sua própria história de terror (13h) e assistir à longa-metragem de origem brasileira Pluft, o Fantasminha, falado em português e sendo uma adaptação da peça homónima de Maria Clara Machado (que deu origem à minissérie de televisão da TV Globo com o mesmo nome). “É a história de Maribel, que é raptada pelo pirata malvado Perna-de-Pau, cuja ambição é encontrar o tesouro do Capitão Bonança Arco-Íris, falecido avô da menina. Enquanto espera pela ajuda de Sebastião, João e Juliano, três marinheiros atrapalhados amigos do Capitão, Maribel esconde-se num sótão e conhece uma família de fantasmas, acabando por fazer amizade com Pluft, um fantasminha amoroso que tem medo de pessoas.”

No dia 10, os miúdos com mais de seis anos têm oportunidade de fazer um peddy paper pelo cinema, às 10h e ao meio-dia. “Para descobrir as pistas e passarem as etapas do jogo, os nossos pequenos aventureiros terão de desbravar um percurso repleto de objectos engraçados, sons estranhos e monstros (pouco) assustadores que habitam nas salas de projecção, terraço e outros locais nunca antes vistos pelo público, como os bastidores secretos do Cinema São Jorge.” Buuu!

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