Marcelo sobre eleições em Angola: Portugal não se mete “naquilo que não é chamado”

Presidente da República considera que processo eleitoral deve ser resolvido internamente pelos angolanos.

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Marcelo Rebelo de Sousa em Luanda, onde assistiu ao funeral de José Eduardo dos Santos LUSA/PAULO NOVAIS

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este domingo que o processo eleitoral em Angola deve ser resolvido internamente pelos angolanos, depois de ter recebido o líder da oposição, Adalberto Costa Júnior, da UNITA, que contesta os resultados.

Neste processo eleitoral que ainda está em curso, “o papel de Portugal é ouvir, respeitar, não se meter naquilo que não é chamado, mas ser naturalmente sensível a estes valores: é um tema angolano, não é um tema internacional, não é um tema que seja resolvido por outras instâncias intermediárias que não sejam os angolanos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Dois dias depois de Adalberto Costa Júnior ter pedido uma comissão internacional para avaliar as actas eleitorais, já que os dados da UNITA não coincidem com os da Comissão Nacional Eleitoral, Marcelo disse que esta “é uma questão interna angolana”, que deve ser “resolvida entre os angolanos e não por intermediários internacionais, mesmo sendo amigos”, como é o caso de Portugal ou da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Nenhum de nós deve interferir naquilo que é de Angola”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: “os estrangeiros podem assistir e acompanhar”, mas “é uma questão angolana e está em pleno processo eleitoral”.

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