Com o som das sirenes à chegada à Jitomir, João Gomes Cravinho foi obrigado a ter reunião em abrigo

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que Portugal vai apoiar a reconstrução do primeiro liceu a ser bombardeado pelas tropas russas e de outros estabelecimentos de ensino, numa reunião em Jitomir.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, em Jitomir LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, em Jitomir LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, em Jitomir LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O ministro dos Negócios Estrangeiros foi recebido, esta quarta-feira, em Jitomir, na Ucrânia, ao som das sirenes de alarme aéreo e a reunião com as autoridades locais para discutir o apoio de Portugal para a reconstrução de escolas na região foi por isso num abrigo subterrâneo.

Logo que chegou a Jitomir, na Ucrânia central, 150 quilómetros a oeste de Kiev, pouco antes das 17h00 (15h00 em Portugal), João Gomes Cravinho foi encaminhado para os abrigos da Administração Regional Civil e Militar de Jitomir, onde se reuniu durante cerca de meia hora com as autoridades locais, “para passar em revista todas as possibilidades de apoio de Portugal para a reconstrução desta região, particularmente centrado na educação e nas escolas”.

Já silenciado o alarme, sobre a experiência de permanecer dentro de um abrigo subterrâneo, que corresponde basicamente às caves do edifício, o governante reconheceu aos jornalistas que foi uma “experiência nova e diferente”, lembrando que este é o dia-a-dia dos ucranianos.

João Gomes Cravinho visitou o liceu de Jitomir LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
Portugal vai apoiar a reconstrução de vários estabelecimentos de ensino da Ucrânia LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
"Mais um alvo que nada tinha de militar", disse durante a visita LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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João Gomes Cravinho visitou o liceu de Jitomir LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

“Efectivamente, as autoridades ucranianas e a população ucraniana já se habituaram a correr para os abrigos quando é necessário, quando soam os alarmes”, comentou, acrescentando que “a realidade que toda a gente conhece é que os russos infelizmente não distinguem alvos militares e alvos civis”.

Como exemplo, apontou o Liceu 25, junto à sede da administração regional, destruído por um míssil russo no início de Março — será o primeiro estabelecimento de ensino da região a beneficiar do apoio português. “Enfim, mais um alvo que nada tinha de militar e Portugal apoiará a reconstrução desse liceu e de outros estabelecimentos de ensino”, apontou.

Além do apoio para a reconstrução, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, as autoridades locais pediram ajuda também, conjuntamente com outros parceiros internacionais, para definir a base curricular para os alunos da região.

“A ambição não é apenas reconstruir o que já existia, em muitos casos de má qualidade, do tempo soviético, mas construir com novos padrões, de acordo com as necessidades de hoje e de amanhã”, destacou.

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