Babilónico de turistas, o Algarve já inspirou muitos poetas

Neste Agosto em que muita gente ruma ao Sul, lembremos a poesia que o Algarve inspirou ao longo dos últimos duzentos anos.

Cadamosto rima com Agosto, mas não é por isso que o nome do ilustre navegador e explorador veneziano (1432-1488) aqui surge. Mas sim porque, dada a sua ligação aos Algarves (para onde, em viagem marítima, foi empurrado por ventos fortes em 1454, vindo a conhecer no Cabo de São Vicente um emissário do Infante D. Henrique, o que o levaria depois a cruzar os mares, durante anos, ao serviço da coroa portuguesa), Cadamosto é citado por Sant’Anna Dionísio (1902-1991) no prefácio do Guia de Portugal de Raul Proença que junta Estremadura, Alentejo e Algarve. Escreve ele, a dado passo: “Que diria o experiente e viajado Cadamosto, hóspede e prestimoso delegado do silencioso amo e vigilante do promontório sacro, se de novo pudesse passar os olhos por esta corda marítima, nesse tempo tão genuína, e, nos nossos dias, de fisionomia quase babilónica, familiarmente povoada e frequentada por verídicos enxames de banhistas flamengos, germânicos, escandinavos?”

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