Fogo na serra do Marão dado como extinto

O incêndio, na freguesia de Campeã, deflagrou no sábado, pelas 22h37. Apesar de estar “praticamente apagado”, os trabalhos de rescaldo vão continuar pela noite dentro, de acordo com a Protecção Civil.

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Imagem de arquivo Adriano Miranda

O incêndio na serra do Marão, em Vila Real, que teve início na noite de sábado, foi dado como extinto às 21h25 de domingo, mas os trabalhos de rescaldo vão continuar durante a noite, indicou a Protecção Civil.

Segundo disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, apesar de o incêndio estar “praticamente apagado”, durante a noite vão continuar os trabalhos de rescaldo, uma vez que a área é grande e existem ainda “pontos quentes”.

Durante a tarde, o segundo comandante distrital da Protecção Civil de Vila Real Artur Mota tinha dito que o combate estava estabilizado, apesar da maior intensidade do vento, e que se esperavam melhorias com o cair da noite.

“Mesmo se o vento aumentar de intensidade, para já não oferece grande perigo”, disse à Lusa, por telefone, Artur Mota, por volta das 16h. Horas antes, a mesma fonte referira que o incêndio tinha duas frentes activas em zonas de “difíceis acessos”, mas que não ameaçava populações.

“[O perímetro] ainda está confinado àquele espaço mais húmido onde nós estávamos a pensar fechá-lo, portanto para já ainda está dentro das nossas previsões”, referiu Artur Mota. “No terreno temos duas frentes ainda activas, está a arder com alguma intensidade porque está a progredir em zonas de difíceis acessos”, acrescentou.

De acordo com o comandante, o incêndio não estava a colocar populações ou habitações em risco, por ocorrer “só na montanha, na parte mais alta da Serra do Marão”, perto das turbinas eólicas, já perto do distrito do Porto.

O responsável disse que no local havia “pessoal a fazer trabalhos com ferramentas manuais”, uma “linha de mangueira” e as aeronaves estavam “a fazer descargas para permitir a entrada do pessoal em terra”.

Artur Mota considerou que o incêndio não estava “a arder assim com grande intensidade”, mas advertiu que o vento poderia aumentar as dificuldades durante a tarde. “Isso pode ser a nossa traição, porque se não for o vento a estragar-nos o serviço, à partida não está assim nada de fora do controlo”, anteviu.

O incêndio lavrava numa zona de povoamento florestal (área arborizada, com pelo menos 0,5 hectares e mais de 10% de grau de coberto), segundo a ANEPC. O fogo, localizado na freguesia de Campeã, deflagrou no sábado, pelas 22h37, segundo os registos da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, disponíveis no seu site. No período da tarde estavam no local mais de 150 operacionais, auxiliados por cerca de 50 meios terrestres e três aeronaves.

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