Festival Mucho Flow traz a Guimarães Yaya Bey, aya, Slauson Malone 1 e Blackhaine

A nona edição do festival, que ocupará vários espaços da cidade, já tem uma série de artistas confirmados.

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Yaya Bey dr

Depois de um ano de interregno forçado pela pandemia e de uma edição em versão reduzida, o Mucho Flow prepara-se para o round de 2022 com ânimo redobrado. Naquela que a organização diz ser “a maior e a mais ambiciosa edição até à data”, o alinhamento contará com cerca de 20 artistas distribuídos por quatro espaços do centro histórico de Guimarães, nos dias 4 e 5 de Novembro: Centro Cultural Vila Flor, Teatro Jordão, Centro Internacional de Artes José de Guimarães e Teatro São Mamede.

Desde 2012 que este festival organizado pela promotora vimaranense Revolve se tem dedicado a dar pistas para segredos bem guardados da música actual, cruzando linguagens que vão do rock ao hip-hop, do jazz e do r&b às várias tessituras da música electrónica. Amen Dunes, Bitchin Bajas, black midi, BbyMutha ou Loraine James são alguns dos nomes que passaram pelo Mucho Flow ainda numa fase iniciática.

E, a julgar pela primeira leva de artistas anunciados, haverá muito por descobrir na nona edição, entre várias estreias nacionais. Atenções redobradas para a americana Yaya Bey, autora de um dos discos mais entusiasmantes lançados na primeira metade de 2022: Remember Your North Star atravessa o r&b, o jazz, a soul, o reggae e o afrobeat para compor uma narrativa íntima, pulsante e caleidoscópica centrada na mulher e na feminilidade negra.

A londrina aya é outro dos destaques, com a electrónica mutante e generativa do seu álbum de estreia, im hole, a ser acompanhada pelo trabalho da artista visual Sweatmother. Ainda na música electrónica desalinhada, o queniano Slikback escava e remonta várias possibilidades rítmicas descendentes do tecno, do noise, do gqom ou do dancehall.

Noutras coordenadas está Blackhaine, com o seu rap interventivo e visceral, retrato de uma Inglaterra empobrecida, desencantada e esquecida, ou Slauson Malone 1, que entrelaça a performance com a música popular americana, com foco no jazz e no hip-hop, usando-as como veículo para abordar questões ligadas ao movimento negro.

Entre os primeiros nomes confirmados para esta nona edição encontram-se ainda Fauzia, Jockstrap e o português Luís Fernandes. Nas próximas 96 horas, os passes gerais estão disponíveis por 30 euros. Os preços sobem depois para 35 euros e, em Setembro, fixam-se nos 40 euros.

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