Filme romeno Imaculat vence Lince de Ouro do 18.º FEST em Espinho
O Grande Prémio Nacional foi atribuído ao filme Mansa, de Mariana Bártolo.
O filme romeno Imaculat, de Monica Stan e George Chipre, ganhou o Lince de Ouro da 18.ª edição do FEST, que decorreu em Espinho, enquanto o Grande Prémio Nacional foi para Mansa, de Mariana Bártolo, foi anunciado este domingo.
Em comunicado, a organização do FEST - Novos Realizadores/Novo Cinema, explicou que “no ano em que o amor foi o tema principal do festival”, o Lince de Ouro foi para “um drama baseado na história pessoal da realizadora, a história de uma jovem inocente arrastada para a droga pelo namorado, que se vê numa clínica de reabilitação a ter que gerir sentimentos frágeis e perigosos”. Já Mansa, a obra de Mariana Bártolo, recua “22 anos até ao seio de uma família conservadora do norte do país com uma miúda de 11 anos prestes a descobrir a sua sexualidade”.
O festival atribuiu ainda duas menções honrosas: a primeira foi para Da Sala ao Cinema à Rua, de Leonardo Miranda, com o amor pelo cinema a prevalecer, e A Rapariga de Saturno, de Gonçalo Almeida, “um filme sobre a nostalgia de um passado que pode não ter sido assim tão agradável”, continua o comunicado.
Nas longas-metragens de ficção que concorreram ao Lince de Ouro, destaque também para o boliviano Alejandro Loayza Grisi, distinguido com uma menção honrosa para a fotografia do filme Utama, “uma história simples e impactante sobre as consequências das alterações climáticas”, diz o FEST.
Na primeira vez que são atribuídas duas menções honrosas por tema, prossegue o comunicado, a segunda foi para a realização do suíço Michael Koch em A piece of sky, um filme passado numa “vila nos Alpes onde o tempo parece ter parado”.
Na categoria de Melhor Documentário, o vencedor do Lince de Ouro foi Alis, de Clare Weiskopf e Nicolás Van Hemelryck, uma obra que descreve o drama em que, “apesar das leis progressivas a favor dos direitos das mulheres, jovens adolescentes colombianas se encontram variadas vezes em situações difíceis nas ruas de Bogotá”, realça o documento.
Nas curtas-metragens, o Lince de Prata - Ficção foi atribuído ao filme alemão Mona & Parviz, de Kevin Biele, que trata a questão dos casamentos por conveniência através do “olhar principal de uma lente sagaz e atenta”. Também aqui houve direito a uma menção honrosa, desta feita para o filme de Singapura A man trembles, de Lam Li Shuen e Mark Chua.
O vencedor do Lince de Prata - Documentário foi Even though they steal my dreams, da belga Zoé Brichau, que mergulha na revolução chilena de 2019, enquanto My period is late, de Cai Ning, recebeu uma menção honrosa.
O Lince de Prata - Animação foi para Terra Incógnita, de Pernille Kjaer e Adrian Dexter, uma produção francesa que segue a vida numa ilha habitada por seres imortais. As menções honrosas foram para a produção polaca Toothless, de Andrea Guizar, onde uma boca gigantesca faz das suas, e para o irlandês Fall of the Ibis King, de Mikai Geronimo e Josh O'caoimh, “onde um antagonista de uma ópera sombria teme o regresso do ex-actor principal”, relata o festival de Espinho.
O FEST 2022 atribuiu ainda o Lince de Prata - Experimental a Woman as image, man as a bearer of the look, do colombiano Carlos Velandia, e menções honrosas para The empty sphere, de Stéphanie Roland, e Apocalipse baby, we advertise the end of the world, de Camille Tricaud e Franziska Unger.
A 19.ª edição do FEST - Festival Novos Realizadores/Novo Cinema está já anunciado para decorrer de 19 a 26 de Junho de 2023, revelou ainda a organização.