Poesia para estômagos fortes

As interpretações de André Loubet, Diogo Freitas, Simon Frankel, Pedro Caeiro e Pedro Lacerda são exemplares na sua transfiguração e entrega a um texto de Dimítris Dimitriádis tão presciente como duro de digerir.

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Jorge Silva Melo criou uma das suas últimas encenações com textos do dramaturgo de Salónica Dimítris Dimitriádis jorge gonçalves
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Cenário de Rita Lopes Alves e desenho de luz de Pedro Domingos jorge gonçalves
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jorge gonçalves

Amínias perdeu o amor de Narciso e, com ele, o interesse pela vida. Ali sentado, prostrado pela revelação, de certo modo resignado, é como se dissesse “assim não”, “desta maneira não vale a pena”, enquanto espera o momento em que, desesperado, a cabeça e o coração perdidos, observa a espada que, além da vida, o aliviará da dor. Narciso não quer saber, concentrado como está no seu rosto espelhado pelas águas, uma fala dizendo tudo: “É isto que sou, um não, um só não/ Não aceito nenhum amor de ninguém/ A todos digo não/ Eu sou esse não.” E assim começa a tragédia.

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