Falhou missão que ia colocar satélites meteorológicos da NASA em órbita

A missão espacial, supervisionada pela NASA, da empresa norte-americana Astra Space, fabricante de foguetões, falhou a entrada em órbita devido a uma falha num motor de propulsão.

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A missão da empresa norte-americana Astra transportava satélites que permitiam medir a humidade e a precipitação Brady Kenniston / Astra

A missão espacial da Astra Space, empresa que fabrica foguetões, falhou. A empresa pretendia colocar pequenos satélites da NASA para monitorizar tempestades em órbita, mas este domingo, depois de um motor de propulsão ser desligado, a missão não avançou.

A falha ocorreu cerca de dez minutos depois de uma descolagem bem-sucedida do Rocket 3.3 da Astra, a partir de uma plataforma de lançamento na Estação Espacial de Cape Canaveral, na Flórida (Estados Unidos).

“Tivemos um voo nominal de primeira fase. No entanto, o motor da fase seguinte desligou cedo e não colocámos a carga em órbita”, explicou Amanda Durk Frye, que comentava a transmissão da Astra Space em directo.

O foguetão lançada este domingo transportava dois pequenos satélites projectados pelo Laboratório Lincoln do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Estados Unidos) para medir a humidade e a precipitação em sistemas de tempestades tropicais. Este era o primeiro lote de uma série de seis grupos de satélites geridos pela NASA, sendo que a Astra planeia lançar os restantes no futuro.

Esta foi a segunda missão fracassada da Astra este ano. Das sete tentativas da empresa para alcançar a órbita, que incluíram missões de teste sem a carga real, duas foram bem-sucedidas (em Novembro de 2021 e no último mês de Março.)

A agência espacial norte-americana, a NASA, tem parcerias com fabricantes de foguetões para enviar objectos ou cargas científicas de baixo de custo, por forma a estimular o crescimento desta indústria. “Embora o lançamento de hoje [este domingo] não tenha corrido como planeado, a missão oferece uma grande oportunidade para novas oportunidades científicas e de lançamento”, escreveu Thomas Zurbuchen, chefe da unidade científica da NASA que supervisionou a missão, no Twitter.

“Mesmo que estejamos desapontados agora, sabemos: há valor em assumir riscos no catálogo científico da NASA porque a inovação é necessária para sermos líderes.”

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