Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber

Reino Unido diz que travessia do rio Donets pode ditar curso da guerra na Ucrânia. A Amnistia Internacional acusou a Rússia de praticar crimes de guerra em Kharkiv. As tropas russas afastaram a defesa ucraniana do centro de Severodonetsk e intensificaram os ataques a Lysychansk.

Foto
Guerra na Ucrânia. Resultado dos bombardeamentos russos em Lysychansk, na região de Lugansk Reuters

Actualizado às 00h13

► O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a batalha em Severodonetsk, na região de Lugansk, será recordada como “uma das mais violentas” na Europa. O líder admitiu ainda que os combates estão a resultar em elevadas perdas de militares e civis, mas assegurou que a Ucrânia vai recuperar todos os territórios, incluindo a Crimeia.

► O Ministério da Defesa britânico confirmou os avanços das tropas russas no Donbass, mas adiantou que a Rússia fez poucos progressos em Kharkiv “pela primeira vez em várias semanas”. O relatório acrescenta que Moscovo vai aumentar as despesas com a defesa em 20%, mas as metas poderão não ser alcançadas devido às sanções ocidentais.

► Na frente de combate, as tropas russas destruíram a última ponte que ligava as cidades de Severodonetsk e Lysychansk, impedindo a saída de civis.​

► Ainda assim, cerca de 70 pessoas foram retiradas de Lysychansk e das localidades vizinhas informou o governador regional, acrescentando que a situação na região que está sob ataque russo é um “verdadeiro inferno”.​

► O Ministério da Defesa da Rússia disse que vai abrir um corredor, na quarta-feira, na fábrica química Azot, em Severodonetsk, para que os combatentes ucranianos sitiados se possam entregar.​

► Pelo menos cinco pessoas morreram, entre as quais uma criança, e 33 ficaram feridas na sequência de um ataque em Donetsk, no Leste, alegadamente provocado pela Ucrânia. Os mísseis atingiram um mercado e uma maternidade.

► O chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou as críticas que recebeu a propósito da lentidão nas entregas de armas da Alemanha à Ucrânia. A declaração vem na sequência da afirmação do embaixador ucraniano na Alemanha que considerou “decepcionante que as entregas de armas sejam extremamente lentas”.​

► O Ministério da Defesa da Ucrânia referiu esta terça-feira que Kiev recebeu “cerca de 10% das armas” pedidas aos países ocidentais para combater as forças russas no terreno, em especial na região do Donbass, no leste. Também esta terça-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu que Kiev necessita de “mais armas pesadas” para combater o avanço das forças russas.

► A Ucrânia anunciou que está disposta a desminar pelo menos um dos portos no Mar Negro para retomar as exportações de cereais bloqueadas pela Rússia. Contudo, Kiev afirma que só o fará se a Rússia retirar os navios do mar e for enviada uma missão internacional com poder de fogo para a zona.

► As receitas orçamentais da Ucrânia cobrem menos de metade das suas despesas desde que Rússia invadiu o país, pelo que Kiev terá de cortar drasticamente as despesas orçamentais caso não chegue assistência financeira externa no valor de 4,8 mil milhões de euros por mês, disse o chefe da comissão financeira do Parlamento ucraniano.​

► Em Roma, o Papa Francisco apelidou de “monstruoso” o facto de a Rússia estar a utilizar mercenários no conflito e acrescentou que a guerra talvez tenha sido “provocada ou não impedida” pela indústria de fabrico de armas que incentiva o desenrolar da agressão. Francisco recusou-se a distinguir entre o lado bom e mau da guerra, mas adiantou que era contra Vladimir Putin.​

Sugerir correcção
Comentar