Cinco substituições no futebol vieram para ficar

International Board aprovou a medida com carácter permanente, com a entrada em vigor a 1 de Julho. Número de suplentes aumentará de 12 para 15.

Foto
Número máximo de suplentes na ficha de jogo passará de 12 para 15 Reuters/LISA LEUTNER

A partir do próximo dia 1 de Julho, as cinco substituições no futebol passam a ser norma. Numa reunião realizada pelo International Board (IFAB), nesta segunda-feira, foi aprovada a adopção definitiva de uma medida que até agora tinha carácter temporário, mas que tem vindo a recolher reacções positivas em várias latitudes.

No que diz respeito à Lei 3 - Os Jogadores, o IFAB tinha acatado em Maio de 2020 uma sugestão da FIFA para o uso de cinco substitutos num jogo, como forma de ajudar a combater os efeitos da pandemia de covid-19 (e o aperto no calendário competitivo provocado). Esta medida, de resto, acabou por ser prolongada no tempo.

Nesta segunda-feira, o IFAB tornou esta regra permanente, introduzindo-a nas Leis de Jogo 2022-23, ou seja, os clubes têm a prerrogativa de fazer cinco substituições num jogo de futebol, podendo utilizar apenas três paragens para o efeito. Para além disso, foi decidido aumentar de 12 para 15 os futebolistas suplentes na ficha de jogo, ficando esta opção à consideração das diferentes entidades organizadoras das provas.

Nesta 136.ª reunião anual do organismo, que teve lugar em Doha, no Qatar, foi também abordado o auxílio da tecnologia às equipas de arbitragem, surgindo novas opções tecnológicas para o uso do VAR e testes bem-sucedidos de tecnologia “semi-automática” de detecção do fora-de-jogo.

Ainda no domínio da arbitragem, “a falta de respeito pelos árbitros e pela segurança” foram identificados como problemas transversais. Para fazer face a este fenómeno, o organismo que aprova as leis do jogo sugere experimentar a utilização de câmaras corporais, a serem usadas pelos árbitros, nos jogos de futebol amador, numa primeira fase.

O IFAB e a FIFA comprometeram-se ainda a estudar a possibilidade de testar a explicação de algumas decisões de arbitragem no estádio, durante o próprio jogo, e de calcular de uma forma mais exacta o tempo útil de jogo, um problema que tem sido recorrentemente levantado e que, em Portugal, tem uma expressão muito significativa.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários