O Presidente da República disse este sábado que cabe ao Ministério da Saúde e à Direcção-Geral da Saúde (DGS) ouvir os especialistas e decidir sobre os próximos passos a dar quanto à pandemia de covid-19.

Questionado sobre o facto de o bastonário da Ordem dos Médicos defender que os infectados com sintomas ligeiros deixem de fazer isolamento, Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na Maia, disse que cabe ao Ministério da Saúde e à DGS decidir. Na sexta-feira, Miguel Guimarães pediu uma nova alteração de regras para doentes com covid defendeu que o isolamento para quem tem sintomas ligeiros (ou quem não tem sintomas de todo) é dispensável, desde que o doente continue a usar máscara.

O bastonário desvalorizou o aumento dos casos, e diz que este aumento de infecções é um “cenário esperado” e que o importante é que os internamentos continuem controlados. Miguel Guimarães disse ainda que a quarta dose da vacina será inevitável para maiores de 60 anos e que os testes nas farmácias devem voltar a ser comparticipados, pedindo ao Governo reveja que essa decisão. Este sábado, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu que os testes de despiste da covid-19 poderão voltar a ser gratuitos, se se registar um aumento dos indicadores epidemiológicos.

“Eu não tenho de achar, os especialistas propõem e vão propondo soluções diversas de acordo com o que consideram que é a gravidade da situação e, portanto, cabe ao Ministério da Saúde depois tomar uma decisão”, reagiu Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da entrega do prémio do concurso literário de 2022, promovido anualmente pelos Lions.

Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que decidirá quem tem competências para decidir, lembrando que a evolução da situação pandémica na Europa, assim como em Portugal, tem sido positiva.

Questionado pelos jornalistas se iria ver o jogo entre o FC Porto e o Benfica com o primeiro-ministro, António Costa, que está este sábado no Porto para encerrar a Conferência sobre o Futuro da Europa, Marcelo Rebelo se Sousa disse que não por motivos de agenda.

“Vi nos jornais que o senhor primeiro-ministro ia para Lisboa no final da conferência e eu fica cá, no Porto, porque amanhã [domingo] tenho encontro dos bombeiros de Portugal”, frisou.