Entre a espionagem e o apoio humanitário

Se esses cidadãos russos provarem que não são correios da sua embaixada, que condenam o horror da invasão da Ucrânia e que estão solidários com as suas vítimas, não haverá razão para que sejam proibidos de trabalhar em favor dos refugiados.

Quase um mês depois de a embaixadora da Ucrânia ter lançado suspeitas de ligações ao Kremlin por parte de membros de associações que acolhiam refugiados e uma semana após a notícia do Expresso sobre o novelo de Setúbal, o caso entrou na terra-de-ninguém. O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) desconhece essas ligações. Algumas das câmaras que cabiam na acusação da embaixadora Inna Ohnivets falam da falta de provas para manter tudo na mesma. Como é hábito em Portugal, o vazio que estimula o esquecimento ocupará cada vez mais espaço. Pode haver razões para que isso aconteça, desde que tenhamos todas as respostas ainda em falta.

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