Em Viagem ao Sol, o Estado Novo pelos olhos das crianças

A longa de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schäfer, a concurso no IndieLisboa, é um documentário rigorosíssimo e lancinante sobre as crianças austríacas que a Caritas trouxe para Portugal no pós-Segunda Guerra Mundial

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dr/ cortesia indielisboa
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Não deixa de ser curioso que, ao fim de tantos anos de vida e obra em comum (na produtora Kintop), só agora Susana de Sousa Dias (Lisboa, 1962) e Ansgar Schäfer (Worms, 1959) assinem um filme “a meias”. É também curioso que, ao vermos Viagem ao Sol, pareçamos reconhecer mais as “marcas” do cinema a que a realizadora de Natureza Morta, 48 e Luz Obscura nos habituou. Isso, em parte, é “por defeito”: Schäfer, alemão radicado em Portugal e doutorado em História, é figura mais “dos bastidores”, da pesquisa e da produção (Viagem ao Sol é apenas a sua segunda co-realização após a média-metragem de 2010 A Outra Guerra). Tem sido Susana a “chegar-se à frente” no cinema, com uma produção de grande rigor formal que lança luz sobre momentos esquecidos ou insuficientemente “iluminados” da história de Portugal durante o Estado Novo.

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