PSD: Mota Pinto candidato único a líder parlamentar, escolhe Coelho Lima e Baptista Leite para “vices”

Hugo Carneiro, que é secretário-geral adjunto do PSD, e Sofia Matos, que foi cabeça de lista pelo Porto, apontados a secretários do grupo parlamentar, social-democrata.

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André Coelho Lima candidato à vice-liderança da bandada parlamentar do PSD Nuno Ferreira Santos

Paulo Mota Pinto vai ser candidato único à liderança parlamentar do PSD e proporá sete vice-presidentes para a bancada, entre eles André Coelho Lima e Ricardo Baptista Leite.

Terminou esta terça-feira, às 18h, o prazo para a entrega de candidaturas às eleições para a direcção do grupo parlamentar do PSD, que estão marcadas para quinta-feira à tarde, no primeiro dia de debate do Programa do XXXIII Governo Constitucional.

De acordo com a lista entregue esta terça-feira na Assembleia da República, Paulo Mota Pinto manterá dois “vices” da anterior direcção, liderada por Adão Silva: Catarina Rocha Ferreira e Ricardo Baptista Leite.

O actual vice-presidente do PSD André Coelho Lima, a deputada eleita por Coimbra Fátima Ramos, o cabeça de lista por Viseu nas últimas legislativas Hugo Carvalho, a deputada eleita por Aveiro Paula Cardoso e Paulo Rios – eleito pelo Porto e apoiante de Rio desde 2018 – completam a lista das vice-presidências, que terá quatro homens e três mulheres.

Como secretários do grupo parlamentar, Mota Pinto mantém Hugo Carneiro, que é também secretário-geral adjunto do PSD, e acrescenta Sofia Matos, que foi cabeça de lista pelo Porto e candidata à liderança da JSD.

Em relação à anterior direcção, saem Afonso Oliveira e Clara Marques Mendes, além dos outros dois “vices” de Adão Silva que nem sequer integraram a lista de deputados, Carlos Peixoto e Luís Leite Ramos.

De acordo com fonte oficial do PSD, Paulo Mota Pinto – que, além de deputado, é também presidente da mesa do congresso e do conselho nacional – já participará na eleição, depois de no sábado o partido ter informado que testou positivo à covid-19, com “sintomas muito ligeiros”.

Quintela continua a coordenar Comissão de Assuntos Constitucionais

Quanto aos coordenadores e vice-coordenadores, na lista entregue ressalva-se que poderão ser feitos “ligeiros ajustamentos” conforme as comissões que vierem a ser criadas na XV legislatura, uma decisão que deverá ser tomada na conferência de líderes de quarta-feira.

Na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o PSD manterá como coordenadora a cabeça de lista por Coimbra Mónica Quintela, sendo Ofélia Ramos a vice-coordenadora.

Para a Comissão de Negócios Estrangeiros, Mota Pinto propõe o professor universitário e deputado estreante Tiago Moreira de Sá como coordenador e Pedro Roque como “vice”.

Na Defesa, o deputado Carlos Reis subirá a coordenador (era “vice” na mesma área), coadjuvado por Rui Vilar.

Paulo Moniz e Sérgio Marques serão, respectivamente, coordenador e vice-coordenadores da Comissão de Assuntos Europeus, área até aqui coordenada pela vice-presidente Isabel Meireles.

Na Comissão de Orçamento e Finanças, mantêm-se como coordenador e “vice” Duarte Pacheco e Jorge Paulo Oliveira, respectivamente.

Para a Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas e Habitação, estreia-se como coordenador o novo deputado António Topa Gomes, que terá Márcia Passos como “vice”.

Como coordenador da Comissão de Agricultura e Mar, o PSD terá o novo deputado Paulo Ramalho e como “vice” João Marques, que já ocupava esta função.

Mota Pinto mantém como coordenadora da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto a deputada Cláudia André, propondo Carla Madureira como vice-coordenadora.

Na Comissão de Saúde, será Rui Cristina o novo coordenador (era Maló de Abreu) e Pedro Lopes o “vice”.

Para a Comissão de Trabalho e Segurança Social, o futuro líder parlamentar escolheu Nuno Carvalho como coordenador (era dos Negócios Estrangeiros) e Helga Correia como “vice”.

Na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, Bruno Coimbra mantém-se como coordenador, coadjuvado por Sónia Ramos.

Na Comissão de Cultura, Comunicação, estreia-se o deputado Luís Gomes como coordenador e mantém-se Fernanda Velez como vice-coordenadora.

Para a Comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local, o PSD muda a equipa e propõe Firmino Marques a coordenar e João Paulo Barbosa de Melo a “vice”.

Finalmente, na Comissão Transparência e Estatuto dos Deputados, que teve como coordenador o futuro “vice” da bancada André Coelho Lima, Paulo Mota Pinto propõe como coordenadora a deputada da Madeira Sara Madruga da Costa (era “vice") e Joaquim Pinto Moreira como vice-coordenador.

O PSD terá ainda de indicar deputados para presidentes e vice-presidentes das Comissões, mas essa indicação dependerá das áreas que couberem aos sociais-democratas, sendo o PS (que teve 120 deputados contra 77) o primeiro partido a escolher.

Paulo Mota Pinto foi o cabeça de lista social-democrata pelo círculo eleitoral de Leiria nas últimas eleições legislativas, em 30 de Janeiro passado, é professor universitário e antigo juiz do Tribunal Constitucional entre 1998 e 2007.

Entre outros cargos políticos, Paulo Mota Pinto foi vice-presidente do PSD sob a liderança de Manuela Ferreira Leite e deputado entre 2009 e 2015.

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