As novas “vítimas” do “pensamento único”

Quando tantas opiniões, até da esquerda, se indignam contra essa incapacidade de condenar uma agressão imperialista assinada por um regime autocrático, isso não significa a “tentativa de impor, à escala das massas, um pensamento único”.

O PCP e os que se contorcem com as dificuldades em condenar a agressão da Rússia encontraram um argumento para as contornar: a existência de um “pensamento único e uma leitura condicionada da realidade” que supostamente instala a ditadura de uma verdade e impede a saudável discussão e reflexão democráticas. Não vale a pena acreditar que o monolitismo ideológico ou o relativismo moral do PCP sobre agressores e agredidos, vítimas e algozes pode mudar, mesmo quando as imagens cruéis de Mariupol ou de Kharkiv mostram o que de facto está a acontecer. Jerónimo de Sousa deu conta desse desconforto e tenta iludi-lo, tentando restaurar a ideia de um tempo em que o partido tinha de viver na clandestinidade.

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