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Guerra na Ucrânia A história da Ucrânia em sete mapas: o caminho até à soberania

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Guerra na Ucrânia

A história da Ucrânia em sete mapas: o caminho até à soberania

Três dias antes da invasão russa da Ucrânia, Vladimir Putin reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e de Lugansk, no Leste do país. Evocando o passado soviético, o Presidente russo afirmou que “a Ucrânia moderna foi completamente criada pela Rússia”, e que “nunca teve uma tradição consistente como uma verdadeira nação”. A verdade é outra: a Ucrânia foi lar de vários outros povos e impérios ao longo de mais de mil anos de história.

Recuemos no tempo, recordando o caminho da Ucrânia até à independência — uma história de religiões, fronteiras e povos em constante alternância.

José Alves (infografia),
Francisco Lopes (infografia) e
Filipa Almeida Mendes (texto)
15 de Março de 2022, 15:39
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Século IX ao século XIII

A história da Ucrânia remonta ao século IX, quando Kiev era o centro do primeiro Estado eslavo, criado pelo povo rus (origem do nome contemporâneo “Rússia”). Os rus eram originalmente comerciantes e colonos escandinavos que partiram do mar Báltico e atravessaram as florestas da Europa do Leste em direcção às terras fluviais da actual Ucrânia.

A esse grande Estado medieval os historiadores deram o nome de Rus de Kiev (ou Rússia de Kiev). Professavam o cristianismo ortodoxo, instituído em 988 por Vladimir, um príncipe da Rússia de Kiev que consolidou o reino Rus no território que corresponde actualmente à Bielorrússia, Rússia e Ucrânia e que se estende até ao Báltico. Vladimir foi baptizado por um padre bizantino de Quersoneso, na Crimeia. Putin chegou a invocar o seu nome para justificar a anexação da Crimeia.

Em meados do século XIII, os principados dos rus foram conquistados pelo Império Mongol, resultando na divisão do território entre o grão-ducado de Moscovo e o grão-ducado da Lituânia – que, mais tarde, se juntou à Polónia. Com o declínio do poder mongol, Kiev e as áreas adjacentes ficaram sob o domínio da Comunidade Polaco-Lituana.

Entre 1441 e 1783, os tártaros – grupo étnico de origem turca e religião maioritariamente muçulmana – constituíram um estado independente ao longo das margens do mar Negro, o Canato da Crimeia, uma das maiores potências da Europa oriental.

1650 a 1812

A actual Ucrânia era uma região em permanente disputa e com fronteiras inconstantes. A Comunidade Polaco-Lituana dominou grande parte do território, mas a Ucrânia foi também palco de invasões de povos húngaros, otomanos, suecos, cossacos e de exércitos de sucessivos czares russos.

No século XVII, a Comunidade Polaco-Lituana e o czarismo da Rússia entraram em conflito, o que fez com que as terras a leste do rio Dnieper ficassem sob controlo da Rússia Imperial.

Décadas depois, a imperatriz Catarina, a Grande, liderou o avanço da Rússia, idealizando uma Nova Rússia ao longo do mar Negro — um termo recuperado agora pelos separatistas no Leste da Ucrânia. O objectivo passava por derrotar o Império Otomano e estender o poderio russo a Istambul (antiga Constantinopla) e Jerusalém.

No final do século XVIII, terras como a cidade de Lviv deixaram de pertencer à Polónia e ficaram sob domínio do Império Austro-Húngaro. Foi aí que, em meados do século XIX, o nacionalismo ucraniano se começou a enraizar.

1914 a 1918

A I Guerra Mundial e a Revolução Russa, em 1917, provocaram ainda mais perturbações no território que hoje corresponde à Ucrânia. Derrubado o estado russo, e com o Partido Bolchevique no poder, o novo Governo pretendia acabar com as hostilidades com a Alemanha e seus aliados. A assinatura do Tratado de Brest-Litovski, em 1918, resultou na cedência de alguns territórios dominados pela Rússia às potências centrais e também no reconhecimento da independência de outros, incluindo a Ucrânia.

O tratado foi anulado após a derrota da Alemanha no fim da I Guerra Mundial, em finais de 1918. Porém, o nacionalismo ucraniano já tinha criado raízes e movimentos independentistas surgiram em cidades como Lviv, Kiev e Kharkiv, embora sem sucesso

Cópia do Tratado de Brest-Litovski de 1918

1919 a 1922

No final da I Guerra Mundial, a Polónia recuperou Lviv e uma parte do que é hoje o Oeste da Ucrânia. O território foi um dos principais campos de batalha da Guerra Civil Russa, um conflito armado que envolveu as forças bolcheviques e os seus opositores.

Após várias batalhas, os bolcheviques saíram vitoriosos e declararam oficialmente a República Socialista Soviética da Ucrânia, em 1922.

Desde o final da década de 1920 até ao início de 1930, a Ucrânia esteve sob controlo do soviético Estaline. Uma grande parte da população rural da Ucrânia sofreu com as políticas de colectivização, e a fome entre 1932 e 1933 causou a morte a milhões de ucranianos — período que ficou conhecido como o Holodomor. Estaline decidiu então repovoar o Leste com russos e outros cidadãos soviéticos, muitos dos quais não falavam ucraniano nem tinham laços com a região.

Joseph Stalin em 1920

1945 a 1954

A II Guerra Mundial foi devastadora para a Ucrânia, com Hitler e os alemães nazis a ocuparem grande parte do território que foi palco de batalhas sangrentas. Alguns nacionalistas ucranianos cooperaram durante algum tempo com as autoridades nazis, acreditando que essa poderia ser uma forma de alcançarem a independência — principalmente no Oeste da Ucrânia.

Após o fim da II Guerra Mundial, a União Soviética reivindicou Lviv e as terras vizinhas no Oeste da Ucrânia. Na década de 1950, o líder soviético Nikita Khruschev cedeu formalmente a península da Crimeia, cuja população era maioritariamente russa (resultado de uma deportação em massa dos tártaros), à República Socialista Soviética da Ucrânia.

Após a queda da URSS

Em 1991, a União Soviética entrou em colapso e a Ucrânia surgiu como um dos novos Estados pós-soviéticos independentes. Em 1997, um tratado entre a Rússia e a Ucrânia estabeleceu a integridade das fronteiras ucranianas. Porém, havia já grandes contrastes regionais, com o Leste do país com uma maior inclinação russa ao contrário da parte ocidental — que, durante séculos, foi dominada por potências europeias, como a Polónia e o Império Austro-Húngaro.

Nos dias de hoje

A Crimeia — onde a Rússia mantém até hoje uma base naval na cidade de Sebastopol — voltou a ficar sob controlo da Rússia em 2014, quando Putin invadiu e anexou o território.

A 21 de Fevereiro de 2022, o Presidente russo decidiu reconhecer como países independentes as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e de Lugansk — os territórios das duas províncias ucranianas com o mesmo nome, na fronteira com a Rússia, cujas capitais estão ocupadas por forças pró-russas desde 2014. Num discurso marcado pela constante evocação do passado soviético, Putin afirmou que “a Ucrânia moderna foi completamente criada pela Rússia”, e que “nunca teve uma tradição consistente como uma verdadeira nação”.

Três dias depois, a Rússia invadiu a Ucrânia.

Fontes: The Washington Post, BBC, National Geographic, New York Times



FICHA TÉCNICA

Textos: Filipa Almeida Mendes Ilustração: José Alves Infografia e desenvolvimento web: Francisco Lopes e José Alves

tp.ocilbup@sevla.esoj
tp.ocilbup@sepol.ocsicnarf
tp.ocilbup@sednem.apilif
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