Espaço aéreo da Ucrânia fechado a voos civis

Agência Europeia para a Segurança da Aviação alerta para o risco de um avião ser atingido por engano ou mesmo intencionalmente. Dados da Flightradar mostram um vazio por cima do território ucraniano e nas zonas vizinhas, por receio de segurança.

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Aeroporto de Kiev foi evacuado Reuters/UMIT BEKTAS

Os aviões civis deixaram de aterrar e levantar voo na Ucrânia ao início da madrugada e, segundo as informações da companhia aérea ucraniana SkyUp (privada), o aeroporto internacional de Kiev foi evacuado ao mesmo tempo que se fechou o espaço aéreo. Dados da Flightradar, que permite verificar as rotas de aviões a nível mundial, e em tempo real, mostram um vazio por cima do território ucraniano e nas zonas vizinhas, por receio de segurança.

De acordo com o Financial Times (FT), responsáveis europeus do sector estimam que o conflito possa afectar cerca de 610 aviões por dia, devido à insegurança no espaço aéreo, com rotas afectadas (este número não inclui os voos de e para a Ucrânia). No seu site, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação alerta para o risco de um avião ser atingido por engano ou mesmo intencionalmente. Segundo o FT, um dos últimos voos civis a cruzar o espaço aéreo ucraniano foi da companhia aérea israelita El Al, que fazia a rota Telavive-Toronto, e que acabou por inverter o percurso.

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A Wizz, tal como a SkyUp, assegura ligações entre a Ucrânia e Portugal, com voos para Lisboa, e a SkyUp voa também para o Funchal. A TAP tinha ligações a Moscovo, mas estas foram interrompidas com a pandemia e ainda não foram retomadas.

A SkyUp foi recentemente alvo de notícias, depois de, conforme relatou a agência Lusa, a companhia aérea ter sido forçada, no dia 13 deste mês, a interromper um voo que ligava o Funchal a Kiev com 175 pessoas bordo, aterrando em Chisinau, Moldávia. A aterragem foi exigida pela empresa proprietária da aeronave, cedida à companhia aérea em regime de leasing, e depois de as seguradoras terem alertado que deixavam de cobrir os aviões ligados aos voos para a Ucrânia devido ao aumento dos riscos de segurança.

O governo ucraniano respondeu então com a criação de um fundo de garantia da ordem dos 524 milhões de euros para ajudar a manter as ligações aéreas operacionais.

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