A Iniciativa Liberal já tinha pedido para se sentar ao centro do hemiciclo há dois anos?

A Iniciativa Liberal pediu novamente para se sentar no centro do hemiciclo, depois de em 2019 esse pedido ter sido recusado numa decisão tomada em conferência de líderes, onde o partido (à data apenas com um deputado) não estava representado.

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Na legislatura que agora termina, João Cotrim de Figueiredo sentou-se entre as bancadas parlamentares do PSD e CDS-PP Nuno Ferreira Santos

A frase

[Há dois anos, a vontade da Iniciativa Liberal em relação à posição a ocupar no hemiciclo] “nem foi considerada e foi dado como facto consumado”

Fonte oficial da IL à agência Lusa

O contexto

A Iniciativa Liberal (IL) voltou a pedir junto da Assembleia da República que os seus deputados se sentem no centro do hemiciclo, lembrando que em 2019, quando o primeiro deputado liberal foi eleito, foi feito o mesmo pedido, tendo sido “ignorado”. O partido argumenta que os “liberais se posicionam no centro dos hemiciclos, não por uma questão simples de ‘esquerda versus direita’, mas por ser nesse formato o lugar mais distante dos extremos”.

Os factos

Em 2019, a decisão que saiu da conferência de líderes determinou que o deputado único eleito pela Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, se deveria sentar na segunda fila, entre as bancadas parlamentares do PSD e do CDS-PP. À data, a IL reclamou dizendo que “as conclusões da conferência de líderes demonstram uma vez mais o sentimento de propriedade que alguns têm da democracia” e criticando que se tenham tomado decisões “sobre deputados que não estão presentes” no momento da decisão.

Em resumo

É verdade que em 2019 a IL já tinha pedido para se sentar no centro do hemiciclo, tal como acontece com o PAN. Dois anos depois, o partido volta a insistir na mudança de lugar, desta vez cumprindo os formalismos exigidos, tendo apresentado como exemplos o Parlamento Europeu e outros parlamentos nacionais, nos quais os deputados liberais se sentam nas bancadas centrais dos hemiciclos. O partido falou ainda com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que levou o assunto à última conferência de líderes. A decisão será conhecida a 16 de Fevereiro.

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