Preço do petróleo atinge novo máximo dos últimos sete anos

Tensões geopolíticas juntam-se a expectativa de retoma económica e pressionam ainda mais os custos da energia à escala mundial.

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O valor do barril de Brent subiu para o nível mais alto desde Outubro de 2014 Reuters/Peter Andrews

Com a retoma da economia mundial a criar expectativas de crescimento da procura e focos de instabilidade política a criarem dúvidas em relação à evolução da oferta, o preço do petróleo nos mercados internacionais registou esta terça-feira uma nova subida, atingindo novos máximos dos últimos sete anos.

De acordo com os dados disponibilizados pela Reuters, o valor do barril de Brent (o índice de referência para o petróleo produzido no Mar do Norte) subiu 77 cêntimos de dólar até aos 87,25 dólares, o nível mais alto desde Outubro de 2014.

A subida desta terça-feira confirma a tendência que se verifica já desde meados de Dezembro, desde que no mercado se intensificou a expectativa de uma retoma forte da economia mundial que possa provocar um aumento do consumo de combustíveis.

Para além disto, esta semana, outros factores estão a influenciar o preço do crude. Por um lado, a tensão a que se assiste entre a Rússia e a Ucrânia constitui um risco de carácter geopolítico a que o mercado da energia internacional reage normalmente com uma subida de preços.

De igual modo, o ataque realizado nos Emirados Árabes Unidos por um grupo armado proveniente do Iémen representa uma escalada do conflito numa das zonas mais importantes do globo para a produção de petróleo.

A subida do preço do petróleo nos mercados internacionais foi, ao longo da segunda metade de 2021, um dos factores mais importantes por trás da escalada da taxa de inflação na grande maioria das economias mundiais.

Em Portugal, onde a taxa de inflação homóloga atingiu os 2,7% no passado mês de Dezembro, foi nos produtos energéticos, cujo preço subiu 11,2%, que se registou uma maior pressão inflacionista.

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