António Nobre é o árbitro em foco em 2021-22

Segundo a análise do especialista Pedro Henriques no PÚBLICO, o árbitro que mais tem merecido a confiança do Conselho de Arbitragem não teve erros relevantes nos principais encontros que apitou nesta primeira volta.

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António Nobre, árbitro FIFA desde 2019 LUSA/HUGO DELGADO

No prisma da arbitragem, a temporada 2021/22 tem tido, nesta primeira metade da época, António Nobre na berlinda. Aos 33 anos, o tradutor de Leiria tem sido a grande aposta do Conselho de Arbitragem, que tem tido menos colaboração por parte de árbitros como Artur Soares Dias e Tiago Martins, ora por lesão, ora por compromissos FIFA.

Nobre, que já é árbitro internacional desde 2019, não só é o juiz com mais jogos feitos na I Liga (12 em 17 jornadas) como somou, no último mês, dois jogos do FC Porto (um deles frente ao Sp. Braga), um do Benfica e um do Sporting. Por extensão, o juiz da associação de futebol de Leiria não escapou a semanas de maior destaque e críticas.

Segundo a análise do especialista Pedro Henriques no PÚBLICO, o árbitro não teve erros relevantes no FC Porto-Sp. Braga, no Benfica-Marítimo e no Sporting-Portimonense e nem mesmo no Estoril-FC Porto, jogo no qual esteve na berlinda, com críticas por um golo anulado à equipa da casa.

“Golo bem anulado ao Estoril por uma dupla infracção atacante, a que o árbitro assinalou (que foi a carga e o empurrão com o braço esquerdo de Gamboa no ombro de Evanilson) e a outra infracção, com mais impacto na jogada, que permitiu o cabeceamento à vontade e vitorioso de Rui Fonte (que foi, no acto do salto, a cotovelada de Rosier na cabeça de Taremi)”, explica o ex-árbitro no PÚBLICO.

Além de António Nobre, o CA tem apostado, naturalmente, nos seus árbitros mais categorizados, nomeadamente os juízes FIFA Luís Godinho e João Pinheiro, ambos com dez jogos na I Liga.

A aposta neste último vai, de resto, ao encontro da recente promoção à segunda categoria FIFA, quadro internacional no qual Portugal tem Artur Soares Dias no primeiro escalão internacional, João Pinheiro, Tiago Martins e Fábio Veríssimo no segundo e Luís Godinho, António Nobre, Gustavo Correia, Miguel Nogueira e Vítor Ferreira no terceiro.

No capítulo estatístico, os árbitros mais jovens têm sido, globalmente, os que mais faltas assinalam. Segundo dados do Who Scored, o top 4 de mais faltas por jogo é liderado por Miguel Nogueira, David Silva, Cláudio Pereira e Gustavo Correia, todos eles com promoções recentes à categoria principal – e Nogueira e Correia com honra de subida a árbitros FIFA há poucas semanas. No pólo oposto, os já mais experientes Hugo Miguel e Hélder Malheiro são os que menos faltas assinalam (média de 28 por jogo).

Além das faltas assinaladas, Gustavo Correia, Cláudio Pereira e David Silva são também repetentes no top de mais amarelos por jogo (Nuno Almeida é o que menos amarelos mostra), enquanto Hugo Silva, Manuel Mota e Manuel Oliveira são os que mais têm exibido o cartão vermelho.

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