África do Sul levanta o recolher obrigatório depois de passar o pico de novos casos de covid

As pessoas já podem circular entre a meia-noite e as quatro da manhã e as lojas de bebidas alcoólicas podem vender depois das 23h. Pico da quarta onda passou.

Foto
Pessoas aguardam para serem vacinadas em Joanesburgo Kim Ludbrook/EPA

A África do Sul decidiu esta quinta-feira levantar o recolher obrigatório no país com efeito imediato, depois de as autoridades de saúde concluírem que o país já passou o pico de casos da sua quarta onda de casos de covid-19, fomentada pela variante Ómicron. O confinamento impedia qualquer movimento de pessoas na rua da meia-noite às quatro da manhã.

O Governo tomou a decisão com base na trajectória da pandemia, nos níveis de vacinação no país e na capacidade disponível no sector de saúde, de acordo com o comunicado à imprensa assinado pelo ministro na Presidência para o Planeamento, Monitorização e Avaliação, Mondli Gungubele.

“Todos os indicativos sugerem que o país já terá superado o pico da quarta onda a nível nacional”, dizia o comunicado da reunião especial do conselho de ministros, realizada esta quinta-feira.

A África do Sul está actualmente no nível mais baixo no seu sistema de cinco níveis de alerta da covid-19.

Segundo os dados do Departamento de Saúde, o número de novos casos detectados, 127.753, na semana que terminou a 25 de Dezembro desceu 29,7% em relação à semana anterior.

Com quase 3,5 milhões de infectados e 91 mil mortos, o país é o mais afectado pela pandemia no continente africano.

Além do levantamento das restrições à circulação da população, o executivo decidiu permitir os ajuntamentos, limitados a não mais de mil pessoas no interior e a não mais de duas mil pessoas ao ar livre.

As lojas de bebidas alcoólicas com licença para estar abertas para lá das 23h podem voltar a estar abertas sem restrições.

“Embora a variante Ómicron seja altamente transmissível, temos tido taxas de hospitalização mais baixas que nas ondas anteriores”, disse o conselho de ministros, acrescentando que o uso de máscara em locais públicos continua obrigatório e que a falta dela permanece sendo um crime.

Sugerir correcção
Comentar