Ministério Público acusa homem de Barcelos de violar duas prostitutas e tentar matar uma delas

Arguido apontou arma à cabeça da vítima e premiu o gatilho “com a intenção de efectuar um disparo e de a matar, o que só não aconteceu porque a arma não disparou”.

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asm adriano miranda

O Ministério Público acusou um homem de Barcelos de violar duas prostitutas e de tentar matar uma delas, anunciou a Procuradoria-Geral Regional do Porto. Além de tentativa de homicídio qualificado e violação, o arguido responde por sequestro, coação agravada, dano e detenção de arma proibida.

O Ministério Público considerou que o indiciado contratou os serviços de uma prostituta, com quem manteve relacionamento sexual a troco de dinheiro na noite de 25 para 26 de Dezembro de 2020, na sua casa de residência, em Tamel S. Fins, Barcelos, no distrito de Braga. Na manhã do dia 26, findo o período contratado, quando a prostituta se preparava para ir embora, pediu-lhe que ficasse mais tempo. Como recusou, o arguido apontou-lhe uma arma de fogo à cabeça, tirou-lhe os telemóveis, obrigou-a a permanecer na sua casa e a manter com ele relacionamento sexual, só a libertando por volta da meia-noite desse dia.

Outro caso reporta a 16 de Maio passado, quando o homem, “sob ameaça de uma arma de fogo, obrigou uma outra prostituta, que conhecera anteriormente e que convidara para jantar, a entrar na sua casa de residência, onde lhe retirou os telemóveis, lhe ordenou que se despisse e a socou na cabeça”. A vítima conseguiu fugir para a rua, completamente nua, aos gritos, e populares tentaram ajudá-la, mas não conseguiram impedir o arguido de continuar a persegui-la aos tiros.

Ainda segundo o Ministério Público, o arguido obrigou um automobilista a quem a vítima pedira ajuda a sair do carro, apontando-lhe a arma, partiu o vidro traseiro da viatura e agarrou de novo a vítima pelos cabelos, dando-lhe pancadas na cabeça “com força”, usando a coronha da arma. Impediu ainda outro popular de prestar qualquer socorro à vítima, dizendo que lhe dava um tiro se não se afastasse.

Nessa altura, apontou a arma à cabeça da vítima e premiu o gatilho “com a intenção de efectuar um disparo e de a matar, o que só não aconteceu porque a arma não disparou”.

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