Marília Mendonça (1995-2021): uma guerreira no coração do Brasil

Compôs a primeira canção aos 12 anos e foi com ela que entrou num género musical de que antes não gostava, o sertanejo. Tornando-se um ícone dele e uma voz de combate pelos direitos e o poder das mulheres.

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Marília Mendonça era considerada a "rainha da sofrência" pelas muitas músicas que escreveu sobre traições, desgostos de amor, mas também a resistência à infidelidade e prepotência masculinas Facebook de Marília Mendonça

Esta história começa com um conflito de credos, no início do século XX: na centenária cidade de Santa Cruz de Goiás, então católica, a chegada de missionários protestantes leva a embates que chegam à violência. Expulsos pelos católicos, um dos redutos dos protestantes acabou por se implantar numa terra doada por um fazendeiro simpatizante da sua crença à Igreja Cristã Evangélica em ascensão, em 1906, ali se fundando uma povoação chamada Vila Gameleira. Duas décadas depois, em 1927 e a pedido de um senador, o seu nome mudou para Cristianópolis, tal o predomínio dos evangélicos.

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