A ideia era que houvesse recordações para todos os fãs, com pequenos itens a serem leiloados a partir de 50 dólares (43,14 euros), mas as atenções recaíam sobre dois objectos que podiam, em conjunto, arrecadar até 40 mil dólares (34.514 euros). Contudo, a realidade superou todas as expectativas: o vestido preto e verde com que a cantora se mostrou na sua derradeira aparição foi arrematado por 243.200 dólares (210.035 euros).

“Este vestido é mesmo icónico porque representa a última actuação, foi o princípio do fim; [Amy Winehouse] morreu pouco tempo depois dessa actuação na Sérvia, em 2011, e as pessoas são muito nostálgicas”, avalia o director executivo do Julien's Auctions, Martin Nolan.

Já a bolsa Moschino em forma de coração, com que foi frequentemente fotografada, rendeu 204.800 dólares (176.871 euros). Ou seja, em vez de quase 35 mil euros, os objectos mais desejados de Amy Winehouse somaram 387 mil euros.

Os restantes itens que foram levados a leilão, este fim-de-semana, pela Julien's Auctions, também acabaram por ser licitados por valores muito superiores à base anunciada. Os vestidos, cuja proposta inicial andava entre os mil e os cinco mil dólares, ultrapassaram a fasquia, com um par deles a atingir valores de três dígitos: o mais caro custou 150 mil dólares (129.450 euros).

Ao todo, foram leiloados cerca de 800 pertences da compositora britânica depois de os pais de Amy Winehouse terem considerado ter chegado o momento certo para partilharem alguns dos objectos pessoais e profissionais da cantora com os fãs, explicou Martin Nolan.

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Parte das receitas do leilão, que decorreu, dias 6 e 7 de Novembro, em Beverly Hills, Califórnia, tanto presencialmente como online, reverte para a Fundação Amy Winehouse que visa “inspirar crianças e jovens a construir a sua auto-estima e resiliência, para que possam florescer”.

Amy Winehouse tornou-se uma artista de topo em todo o mundo com o seu visual único, o seu comportamento errático (que alimentava manchetes e colocava os paparazzi no seu encalço constantemente) e a sua música imbuída de jazz, misturando soul e hip-hop.

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Vencedora de seis Grammy, foi encontrada morta em casa, em Camden, Londres, a 23 de Julho de 2011. A autópsia concluiu que o óbito foi causado por uma intoxicação alcoólica. Tinha 27 anos e o seu último espectáculo tinha acontecido em Belgrado, um mês antes.

Quando morreu, tinha apenas dois álbuns de estúdio – Frank e Back to Black –, mas uma série de sucessos: You know I’m no good, Rehab, Valerie, entre muitos outros.