Fesap cancela greve de 12 de Novembro e quer esclarecer salário mínimo

José Abraão diz que os motivos para a greve continuam a ser “válidos”, mas sublinha que o Governo não está em condições de lhes dar resposta.

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Rui Gaudencio

A Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) cancelou a greve marcada para 12 de Novembro e vai pedir uma reunião com o primeiro-ministro para esclarecer o aumento do salário mínimo nacional em 2022.

A decisão foi tomada nesta terça-feira durante uma reunião do secretariado nacional da Fesap, convocado para analisar o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento na semana passada.

José Abraão, líder da Fesap, entende que os motivos para a greve continuam a ser “válidos”, mas entende que o Governo não está em condições de lhes dar resposta. “Não fazemos greve só porque sim, fazemos quando os motivos da greve podem ser respondidos”, afirmou. 

A Fesap vai pedir uma reunião ao primeiro-ministro e à ministra da Administração Pública para tentar perceber se os trabalhadores do Estado podem contar com o aumento dos níveis salariais indexados ao valor do salário mínimo, num cenário de uma gestão por duodécimos até à realização de eleições.

A decisão da Fesap surge ​depois de, na semana passada, a Frente Comum (ligada à CGTP) ter anunciado que manteria a greve da função pública agendada para 12 de Novembro.

Apesar de na CGTP se manter a maioria dos protestos, o chumbo do OE e a incerteza quanto ao futuro fez com que vários sindicatos anunciassem que teriam de avaliar se faz sentido manter as greves agendadas para o mês de Novembro. A decisão será tomada ao longo desta semana.

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