Porto de Leixões testa drones 5G para vigiar manobras de navios

Nova geração móvel vai ser usada para fazer monitorização à distância com recurso a drones que também podem medir o ruído e a qualidade do ar.

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chuttersnap/unsplash

O Porto de Leixões vai avançar com um projecto-piloto de 5G que lhe permitirá monitorizar as manobras dos navios que usem aquela infra-estrutura portuária com recurso a drones “equipados com câmaras capazes de transmitir, em tempo real, imagens de vídeo em alta qualidade para a sala de controlo”.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Nos revelou que, ao abrigo de uma parceria com a APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, o Porto de Leixões será “integralmente coberto com a quinta geração de redes móveis”.

Com este projecto de teste (realizado num momento em que ainda não foram atribuídas às empresas de telecomunicações as licenças 5G) o Porto de Leixões irá usar meios de monitorização remotos que permitirão que “tanto o centro de operações, como os pilotos dos navios” possam “acompanhar um conjunto de manobras de maior risco” no dia-a-dia da actividade portuária com maior flexibilidade e segurança.

Em 2020, o Porto de Leixões movimentou cerca de 17,1 milhões de toneladas, atingindo um novo máximo histórico de 703.919 TEUS (unidade de medida equivalente a um contentor de 20 pés) e crescendo 2,6% face a 2019, destaca a Nos.

Os drones 5G que serão utilizados em Leixões também estão preparados para ser equipados com sensores ambientais, de ruído e qualidade do ar, que tornam possível “medir os impactos de cada operação em tempo real e directamente no local”.

Além disso, as equipas da Nos e da APDL “estão igualmente a estudar a melhor forma de tirar partido da realidade aumentada e tecnologia de gémeo digital para tornar os processos de manutenção de maquinaria e logística mais eficientes, implementando IOT [tecnologia que permite a comunicação entre objectos e equipamentos] de sensorização para saber em tempo real a localização e estado de todos os activos”, acrescenta o comunicado.

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