O PSD e Portugal: desafios da esperança

Como bem disse o presidente do PSD, estamos ainda no perímetro do ciclo autárquico, das suas implicações e repercussões. A seu tempo, virá o ciclo eleitoral normal do PSD e, aí sim, cada militante será chamado a assumir as suas responsabilidades.

1. Os resultados das eleições autárquicas, mais do que pelos seus valores crus, valem pelo sinal político que transmitem à sociedade portuguesa, à opinião pública e naturalmente aos partidos e aos seus dirigentes e militantes. E o sinal, apesar da vitória numérica do PS, é um sinal de esperança para a construção de uma alternativa sólida e credível, capaz de mobilizar os portugueses em torno de um projecto reformista. Um projecto construído a partir do espectro político que vai do centro (e do centro-esquerda) até à direita moderada, que agregue e integre os muitos independentes deste espaço que querem abraçar a causa pública. O lugar natural do PSD, dada a sua vocação maioritária, é mais do que o centro: estende-se do centro para a esquerda e a direita. Jogando com as palavras, dir-se-ia, que, mais do que o centro, o PSD deve ocupar um lugar central no panorama político português. E, por isso, a alternativa terá sempre de ser liderada e protagonizada pelo PSD. Esse há-de ser um dos primeiros desafios que estará na ordem do dia. É, aliás, importante que o PSD volte a afirmar e nunca abdique da sua vocação maioritária, pois o risco de erosão progressiva da sua identidade subsiste. Uma coisa são entendimentos, coligações ou alianças, outra são “frentismos” que descaracterizem a marca de água do PSD.

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