Expo 2020: Portugal leva sons da Lusofonia e “o que de melhor se faz” no país ao Dubai

De Tito Paris a Teresa Salgueiro, dos Pauliteiros de Miranda a Bordallo II. Não faltam artes na programação do Pavilhão de Portugal na exposição mundial que se realiza a partir de 1 de Outubro.

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Uma das imagens de promoção da programação de Portugal no Dubai dr

O Festival da Lusofonia, com actuações de Tito Paris (músico cabo-verdiano radicado em Portugal), Marco Rodrigues (fadista natural de Amarante), Sopa de Pedra (grupo vocal feminino que interpreta a capella canções tradicionais) e Danças Ocultas (grupo musical com origens em Águeda) será um dos primeiros momentos-chave da participação portuguesa na Expo 2020, que abre as portas no dia de 1 de Outubro, no Dubai, Emirados Árabes Unidos.

A este festival, que decorrerá entre 14 e 16 de Outubro, seguem-se outros destaques na programação cultural, como a inauguração da peça de arte urbana Pinguins de Magalhães, da autoria de Bordalo II – feita com plástico dos oceanos, a marcar os 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães –, a 24 de Outubro. No mesmo dia actuam os Pauliteiros de Miranda de Palaçoulo e Luísa Amaro, a guitarrista que foi companheira do mestre da guitarra portuguesa Carlos Paredes, na vida e na música.

Em Dezembro, no dia 2, Portugal participará no Jubileu dos Emirados Árabes Unidos, país que celebra os seus 50 anos. E em Janeiro, um dia especial: a 14 celebrar-se-á o Dia de Portugal na Expo 2020 e o programa inclui as actuações de Teresa Salgueiro, António Chaínho, Marta Pereira da Costa e Retimbrar.

A programação cultural e económica que vai decorrer no Pavilhão de Portugal foi apresentada na segunda-feira, dia 27, numa cerimónia em Lisboa. Na ocasião, o comissário-geral de Portugal para a Expo 2020, Luís Castro Henriques, que é também presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AIECP), reiterou que o objectivo da participação nacional (o país esteve ausente das duas exposições universais anteriores, que decorreram em Milão, em 2015, e Astana, em 2017) é mostrar que somos um país “multicultural, inovador, talentoso e em permanente descoberta pelo mundo”.

A delegação portuguesa procurou condensar esta ideia no tema central a que responde o pavilhão nacional, concebido pelo Grupo Casais e a Saraiva + Associados: “Portugal, um mundo num país”.

A par da programação cultural, Portugal aposta forte na vertente económica, que destacará vários sectores potencialmente considerados “geradores de negócio”, para usar as palavras de Luís Castro Henriques: IT & Startups, Casa e Desing, Moda e Joalharia, Saúde e Lazer, Agro-alimentar, Energia e Ambiente e Indústrias Culturais e Criativas. Até Março, quando termina a Expo 2020, passarão pelo Dubai empresários, estilistas, artesãos e outros especialistas com o objectivo de “promover o que de melhor se faz em Portugal”. A loja Portugal Concept Store, no primeiro piso do pavilhão, funcionará como uma “embaixada” dos produtos nacionais, dos alimentares aos de moda.

A Expo 2020 foi adiada um ano à conta da pandemia. Tem a cerimónia de inauguração marcada para dia 30 de Setembro e começa a receber os primeiros visitantes a 1 de Outubro. As portas encerram a 31 de Março de 2022. O bilhete diário para visitar a exposição universal ronda os 22€.

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