Marie, Ciro e os novos amigos que se cruzam no caminho do vinho

É este o grande fascínio do vinho. Custa produzi-lo, agarra-se a nós como a droga, mas tem o poder de juntar pessoas, de trazer o mundo até nós, tornando a nossa vida muito mais rica.

Foto
BENOIT TESSIER/REUTERS

Já com tudo preparado para iniciar a vindima, ligou-me um amigo do Porto, designer gráfico que conheci em Berlim quando o mundo ainda chorava a morte de David Bowie. Morava perto do bairro onde este viveu, e foi por essa circunstância que ainda pude cheirar as flores depositadas mesmo à porta da antiga casa do “camaleão”, não muito distante da Rathaus Schoneberg, o edifício onde, em 22 de Junho de 1963, 22 meses depois de os comunistas da Alemanha Oriental terem erguido o Muro de Berlim, John F. Kennedy proferiu a famosa a frase “ich bin ein berliner” (eu sou um berlinense), de apoio aos berlinenses ocidentais. “Uns amigos meus estão no Porto e gostavam de ir ao Douro. Podes recebê-los?”. Claro que sim, será um prazer, e à hora combinada, já ao fim da tarde, num dia quente mas com uma aragem fresca, o meu caminho cruzou-se com os da francesa Marie e os do seu companheiro, Dominique, um consagrado cineasta suíço. Escolhi o lado certo da encruzilhada, ao recebê-los.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 4 comentários