Há assédio sexual “nas aulas, nos cursos, na praxe” — mas a falta de denúncias faz dele um fantasma

O medo de sair do anonimato — e das consequências que acusar um docente pode trazer — faz com que a maioria das situações de assédio sexual que acontecem nas faculdades não seja reportada. As universidades têm planos de acção, mas as poucas queixas formalizadas acabam quase sempre por cair. Os casos são muitas vezes reportados a colectivos estudantis informais, que não conseguem fazer mais do que os expor anonimamente.

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Rita Silva não tem dúvidas: se fosse possível manter uma queixa de assédio sexual anónima, haveria muitas mais reportadas às faculdades. A estudante de mestrado em Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, também membro da Brigada Estudantil, garante que, além da “grande desmotivação” que existe em fazer estas queixas — já que, normalmente, “não levam a nada” —, as vítimas sentem-se encurraladas, com medo das repercussões que acusar um docente pode trazer.

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