“Para o que fazemos com os GC32, Lagos é maravilhoso”

A cidade algarvia recebe a partir desta quinta-feira e até domingo a GC32 Lagos Cup 2, segunda etapa do GC32 Racing Tour.

Foto
O barco da Alinghi em Lagos Sailing Energy/Jesús Renedo;

Menos de um mês depois da Alinghi, que tem como chefe da equipa de terra o português João Cabeçadas, confirmar o favoritismo e vencer 11 das 18 regatas disputadas em Lagos na primeira etapa do GC32 Racing Tour, a cidade algarvia volta a ser o palco do circuito dos velozes catamarãs de 32 pés com foils.

Até ao próximo domingo, estarão em competição no Algarve vários velejadores que competiram no passado fim-de-semana em Plymouth, Sudoeste da Inglaterra, no SailGP, e Christian Scherrer, principal responsável pela competição, realça a qualidade de Lagos como campo de regatas para vela com foils: “Quem chega pela primeira vez a Lagos, tem que dizer uau!”

Depois de vencer de forma indiscutível a etapa inaugural do GC32 Racing Tour 2021, a Alinghi, de Ernesto Bertarelli, apresentará em Lagos a mesma tripulação, e, dessa forma, o GC32 suíço será o grande favorito. No entanto, nas restantes equipas haverá algumas alterações.

Uma das mais relevantes acontece no Red Bull Sailing Team, onde haverá a ausência do experiente Roman Hagara. O habitual skipper da equipa está no Japão como treinador de alto rendimento dos velejadores olímpicos austríacos dos Nacra 17 e dos 49er, mas será substituído por um dos nomes grandes da vela mundial: o australiano Nathan Outteridge, medalha de ouro em Londres 2012 e prata no Rio de Janeiro 2016 na classe 49er, e actual skipper da Japan SailGP Team.

Embora lamente a ausência de Hagara, Christian Scherrer, manager do GC32 Racing Tour, realça a presença em Lagos de Outteridge, que “já competiu nos GC32 em 2016”, pelo que “é bom tê-lo de volta”. Scherrer destaca ainda a qualidade de Arnaud Psarofaghis, que voltará a liderar o veleiro da Alinghi, e ainda “os neozelandeses ou os dinamarqueses com Nicolai Sehested”. “Vai ser interessante”, assegura o suíço.

Questionado sobre os motivos pelos quais Lagos tem conquistado um papel de relevo na competição. Scherrer recorda que quando ficou responsável pelo circuito, visitou “muitos locais por motivos comerciais, uma vez que houve sempre o interesse de tornar a competição muito comercial para atrair equipas e patrocinadores”, mas, depois, a “prioridade” passou a ser encontrar “bons locais de vela, onde houvesse boas condições para velejar estes barcos”.

Assim, depois de uma viagem a Portugal onde percorreu a costa do Porto até ao Algarve, Scherrer chegou a Lagos onde encontrou o local que necessitava: “Para o que fazemos com os GC32, Lagos é maravilhoso. Temos parceiros locais como a Marina de Lagos e a Sopromar, que percebem o que o desporto pode oferecer à região e à comunidade, e que nos dão um verdadeiro apoio.”

Christian Scherrer realça também em Lagos o “excelente local para velejar, com quase sempre vento de Norte ou Noroeste, o que permite que o mar não tenha ondas e a realização de boas corridas”, com “a Meia Praia e as falésias a fazerem um pano de fundo espantoso”.

“Acabamos por nos tornar uns excelentes embaixadores de Lagos. Onde quer que o GC32 Racing Tour vá, dizemos que sabemos onde é que é há um local realmente bom para velejar, e que é Lagos, em Portugal, onde se pode também ter umas férias muito boas.”

Sobre o futuro da competição em Portugal, Scherrer refere que espera “voltar com mais barcos” ao Algarve, esperando que “a marina cresça para haver mais espaço”. “Gostava de ver outro grande campeonato em Lagos com dez ou mais barcos. Seria excelente”, concluiu o responsável pelo GC32 Racing Tour.

Foto
Sugerir correcção
Comentar