GC32 Racing Tour está de regresso, com Lagos como palco

A cidade algarvia será a partir desta quinta-feira o palco da etapa inaugural do circuito dos velozes catamarãs de 32 pés com foils.

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Os GC32 em Lagos Sailing Energy Jesus Renedo

Ano e meio depois de Muscat, capital do Sultanato de Omã, receber a última etapa do GC32 Racing Tour 2019, o circuito dos velozes catamarãs de 32 pés com foils está de regresso nesta quinta-feira em Lagos. Durante quatro dias, a cidade algarvia vai receber a primeira etapa com seis equipas a lutarem pela vitória na competição aprovada pela World Sailing.

Depois do circuito em 2020 ter sido cancelada devido à pandemia, o GC32 Racing Tour viu-se forçado a reformular o seu calendário para este ano, o que acabou por dar mais protagonismo a Lagos no evento. A baia da cidade algarvia será o campo de regatas da etapa inaugural que arranca nesta quinta-feira e ainda da segunda, entre 28 de Julho e 1 de Agosto.

Segue-se a nova etapa italiana, em Villasimius, no extremo sudeste da Sardenha, entre 15 e 19 de Setembro, onde será atribuído o título mundial.

A terminar, no que será também uma novidade no mapa dos GC32, a competição realiza as últimas regatas nas águas calmas do mar Menor, na costa de Múrcia, em Espanha, entre 3 e 7 de Novembro.

Martinho Fortunato, comodoro do Clube de Vela de Lagos, explica em conversa com o PÚBLICO que na terceira vez que a cidade algarvia recebe o evento, “algumas das equipas e dos velejadores que estiveram mais envolvidas na última America´s Cup”, não vão “estar em Lagos, mas estão alguns dos que estão a competir no Sail GP, que é uma competição próxima da America´s Cup”.

O CEO e presidente da Marlagos salienta também que esta prova “é uma montra para encontrar e recrutar velejadores” que vão entrar no próximo ciclo da America´s Cup: “Está no radar as grandes equipas.”

Muito elogiado nos anos anteriores por todos os participantes, o campo de regatas em Lagos tem, segundo Martinho Fortunato, “as condições de mar perfeitas”. “Temos uma baia bastante abrigada, com muito pouca ondulação e ventos fortes constantes de quadrante Norte. Dá o campo de regatas ideal para estes barcos. A parte técnica e o apoio aos barcos da Sopromar é de topo mundial.”

Essa assistência e manutenção em terra estará sob a responsabilidade de Hugo Henriques, administrador da Sopromar e membro da direcção do clube de Vela de Lagos, que sublinha que em todas as edições do GC32, “o feedback” que receberam “é que Lagos é o melhor sítio, que melhores os acolhe, que tem as melhores condições e que todos, sejam veladores ou equipas de vela, estão contentes” por estarem no Algarve.

Hugo Henriques explica ao PÚBLICO que durante o evento, “todas as equipas estarão praticamente numa bolha e há um contacto muito restrito entre os velejadores e a própria organização”, mas admite que crescimento do número de casos de covid-19 deixa um ponto de interrogação sobre a etapa no final de Julho: “Não sei o que o futuro dirá. Neste momento a etapa não está em causa, mas é um dos cenários possíveis.”

Ouça a entrevista a Hugo Henriques e Martinho Fortunato aqui

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