Incidentes em Reguengos de Monsaraz expuseram a falta de efectivos da GNR, diz autarca

O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz diz que ministro da Administração Interna não deu resposta à moção aprovada pela autarquia e assembleia municipal em 2019 a exigir mais pessoal e instalações adequadas.

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NUNO VEIGA/LUSA

Os desacatos ocorridos na esplanada de um bar no passado dia 16 em Reguengos de Monsaraz e que provocaram agressões físicas e danos materiais mereceram esta tarde uma tomada de posição de José Calixto, presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, para se insurgir, através de comunicado, contra a falta de efectivos no posto territorial da GNR local.

O município de Reguengos de Monsaraz “vem, mais uma vez, reprovar e manifestar-se publicamente contra” a diminuição do número de efectivos da GNR nos Postos Territoriais de Reguengos de Monsaraz e de Telheiro, cujas consequências se manifestaram nos incidentes ocorridos na passada semana.

A carência de meios de segurança já se observa há mais de uma década, salienta o autarca, lembrando que tanto a Câmara como a assembleia municipal aprovaram, no início de 2019, uma moção, através da qual se insurgiram contra a diminuição do número de efectivos da GNR nos postos territoriais de Reguengos de Monsaraz e de Telheiro.

A moção aprovada refere que no ano de 2009 encontravam-se ao serviço no concelho de Reguengos de Monsaraz cerca de 40 militares. Em 2019, o seu número estava reduzido a 24 militares.

José Calixto salienta que a posição tomada pelos dois órgãos autárquicos foi enviada ao ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, que “não deu qualquer resposta”.

Para obstar à redução de efectivos e à falta de condições do posto da GNR no lugar de Telheiro, o município celebrou com o MAI, em Fevereiro de 2013, um protocolo de cedência de edifício para ser reabilitado.

Na mesma altura, foi assinado outro protocolo de cedência de um edifício para alojar o destacamento territorial de Reguengos da GNR em melhores condições. Este protocolo mereceu homologação por parte do secretário de Estado da Administração Interna Fernando Alexandre, mas o ministro “decidiu, de forma unilateral, não avançar com este investimento”.

O autarca de Reguengos de Monsaraz diz que vai solicitar ao MAI “uma audiência, com carácter de urgência”, para que seja garantido o reforço de efectivos e de meios da GNR no concelho, que inclui a concretização do investimento previsto em novas instalações para a corporação.

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