Mais de 1,7 milhões de pessoas em risco de recuar no desconfinamento

Existem 34 concelhos em alerta. Entrada na lista de risco implica recolhimento obrigatório das 23h às 5h e apresentação de teste negativo ou certificado digital nos restaurantes ao fim-de-semana.

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Fiscalização em Matosinhos Nelson Garrido/Arquivo

Há 34 concelhos em alerta que podem juntar-se à lista de risco das autoridades de saúde a partir desta quinta-feira. No total, são mais de 1,7 milhões de pessoas que podem estar sujeitas a novas limitações e restrições à circulação, à semelhança das que se verificam em 60 concelhos de risco elevado e muito elevado. A decisão será tomada em Conselho de Ministros. 

Dos 1,7 milhões de pessoas, a maioria (970 mil) está na região Norte, que, dos 34 concelhos em alerta desde a semana passada, conta 11. Na região Sul podem ser afectadas cerca de 158 mil pessoas em igual número de concelhos. Na zona Centro estão em alerta 12 concelhos, onde vivem 577 mil pessoas. 

Estes 34 concelhos, já em alerta desde a última avaliação regional, vão recuar se, no Conselho de Ministros desta quinta-feira, os dados semanais mostrarem novamente uma incidência acima dos 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias. Nas localidades onde essa condição se verificar, será imposto o dever de recolhimento obrigatório das 23h às 5h.

Nos concelhos de risco elevado e muito elevado também vigora, aos fins-de-semana e feriados, a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo à covid-19 ou o certificado digital para aceder aos espaços interiores dos restaurantes. 

Os dois concelhos do país mais populosos, Porto e Lisboa, estão na lista de “risco muito elevado”, a zona vermelha da pandemia. Estes 34 concelhos, porém, iriam para a zona amarela, a lista de concelhos de “risco elevado”, que tem um pacote de medidas menos restritivo. As medidas variam consoante a incidência. Por exemplo: na “zona vermelha”, o comércio a retalho e de prestação de serviços tem de encerrar obrigatoriamente às 15h30, podendo manter o horário normal (21h) nas zonas de menor risco. Também a lotação de casamentos e baptizados (25% nos concelhos de risco muito elevado) é duplicada (50%) nas localidades da “zona amarela”.

Na passada semana, após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, confirmou que a medida de limitação da circulação na via pública, diariamente, entre as 23h e as 5h, se mantinha em vigor para os concelhos em risco elevado e muito elevado. A cerca à Área Metropolitana de Lisboa, contudo, foi levantada.

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