Festival ao Largo regressa ao local de origem entre 9 e 28 de Julho

Batidas do Destino, com a meio-soprano portuguesa Cátia Moreso, é o espectáculo de abertura de um programa que inclui também um concerto de Música para Cinema, no interior do Teatro Nacional de S. Carlos.

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O Festival ao Largo vai regressar à praça fronteira ao Teatro São Carlos DR

O espectáculo Batidas do Destino, com a meio-soprano portuguesa Cátia Moreso, abre, no próximo dia 9, no Largo de S. Carlos, em Lisboa, a 13.ª edição do Festival ao Largo.

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O espectáculo Batidas do Destino, com a meio-soprano portuguesa Cátia Moreso, abre, no próximo dia 9, no Largo de S. Carlos, em Lisboa, a 13.ª edição do Festival ao Largo.

O espectáculo apresentará a composição que o compositor espanhol Manuel de Falla (1876-1946) estreou para orquestra sinfónica e meio-soprano do seu bailado El Amor Brujo. Com direcção musical da maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), Joana Carneiro, no espectáculo será ainda interpretada a Sinfonia n.º 5 de Beethoven, também conhecida como Sinfonia do DestinoBatidas do Destino, tal como todos os espectáculos desta edição do Festival ao Largo, começa às 21h00.

Uma das novidades da edição deste ano do Festival ao Largo consiste na realização de um espectáculo na sala principal do Teatro Nacional de S. Carlos – Música para Cinema – nos dias 16 e 17 de Junho. A sessão terá transmissão para o Largo de S. Carlos através de um ecrã (bem como na RTP2) e foi uma forma de abrir o teatro a outros públicos, numa iniciativa de “democratização”, disse esta sexta-feira à agência Lusa a directora artística do S. Carlos, Elisabete Matos. A responsável da instituição acrescentou tratar-se também da forma encontrada para que o espectáculo fosse visto por mais público, já que a lotação de lugares no largo do teatro está limitada a 200 pessoas.

Neste espectáculo, a OSP e o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, sob direcção musical de António Pirolli, interpretarão composições de John Williams (n. 1932), Ennio Morricone (1928-2020) e Leonard Bernstein (1918-1990). Imperial march, Duel of the fates e Hymn to the fallen são algumas das composições de John Williams para os filmes Guerra das Estrelas a interpretar no espectáculo. De Ennio Morricone, podem ouvir-se temas como Deborah's theme, de Era Uma Vez na América, entre outros, enquanto de Leonard Bernstein ouvir-se-á Selections for orchestra, do filme West Side Story.

Agora muda tudo, um ciclo de 12 canções para voz e ensemble com música de Nuno Côrte-Real a partir de poemas de José Luís Peixoto, é o espectáculo de dia 12. Estreado em Torres Vedras e gravado em disco, este concerto tem como solista a cantora Maria João enquanto na música está o Ensemble Darcos.

Para 13 de Julho, a proposta é Da opereta à canção napolitana, com a soprano Dora Rodrigues e o tenor Marco Alves dos Santos e interpretação musical a cargo da Orquestra Sinfónica do Conservatório Regional de Artes do Montijo.

Paisagens ibero-americanas é o concerto de dia 14, com composições de Abel Ferreira, León Cardona, Astor Piazzolla e Carlos Gardel, entre outros. António Saiote no clarinete, Artur Caldeira nas guitarras, Daniel Paredes na guitarra clássica e Carlos Meireles na voz são os intérpretes.

No dia seguinte, é a vez de Fado canção e guitarradas, um espectáculo a interpretar pelo ensemble Lusitânia V, que interpretará canções conhecidas, desta vez com arranjos e adaptações de Jorge Varrecoso.

Nos dias 22, 23 e 24 de Julho é a vez de a Companhia Nacional de Bailado (CNB) se apresentar no Largo do S. Carlos para interpretar obras recentes do seu repertório. A companhia dançará temas que vão de Shostakovitch pas-de-deux, de Yannick Boquin, a O canto do cisne, de Clara Andermatt, ou The future, do coreógrafo Hans van Manen.

A 27 e 28 de Julho é a vez de os Estúdios Victor Córdon apresentarem Território IV. Este espectáculo traz a Portugal o coreógrafo britânico Wayne McGregor e o coreógrafo emergente israelita Shahar Binyamini. Território IV mostra como 12 jovens bailarinos vindos de escolas de dança de todo o país desenvolveram trabalho com coreógrafos de projecção internacional.

Tal como no ano passado, a edição deste ano do Festival ao Largo também contempla a transmissão via streaming de espectáculos integrados na programação.

Questionada sobre o regresso do festival ao Largo de S. Carlos em 2020, realizou-se no Palácio Nacional da Ajuda , Elisabete Matos disse ser “uma grande alegria poder voltar à origem e à essência do que é o festival”. “Aquilo que foi pensado da minha parte, a nível de programação, foi a valorização dos nossos corpos artísticos – a Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, os nossos maestros titular e convidado principal, os solistas que connosco trabalham, cantores e músicos no sentido de apresentar numa pluralidade de propostas dentro das possibilidades dos espectáculos disponíveis”.