Covid-19 em Portugal: zero mortes e 625 casos. R(t) e incidência a subir

Há mais 15 pessoas internadas nos hospitais portugueses e menos cinco nas unidades de cuidados intensivos. Região de Lisboa e Vale do Tejo com 64% dos novos casos. Maior parte dos casos deste domingo foram registados nas faixas etárias dos 40 aos 49 anos e nas dos 20 aos 29 anos.

Portugal registou, neste domingo, zero mortes por covid-19 e 625 casos de infecção. Desde o início da pandemia, o país soma, no total, 858.072 casos confirmados e 17.047 vítimas mortais. Os dados, referentes à totalidade do dia de domingo, foram divulgados nesta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

À semelhança do dia anterior (sábado), também o domingo ficou marcado por uma nova subida no número de doentes hospitalizados. Segundo o último boletim, existem 340 pessoas internadas nos hospitais portugueses (mais 15 do que no balanço anterior) e 77 nos cuidados intensivos (menos cinco).

Há a reportar mais 280 casos recuperados da infecção, num total de 815.622 recuperações desde o início da pandemia. Feitas as contas, há mais 345 casos activos, o que significa que 25.403 portugueses ainda lidam com a doença. Há 30.375 contactos em vigilância pelas autoridades, mais 578 que no balanço anterior.

A maior parte dos casos deste domingo foram registados nas faixas etárias dos 40 aos 49 anos (120 novas infecções) e nas dos 20 aos 29 anos (119 novas infecções). No grupo acima dos 80 anos foram contabilizados 20 casos e o mesmo aconteceu com o grupo dos 70 anos 79 anos. Foram ainda registados 46 casos na faixa etária dos 60 anos 69 anos, 68 infecções na dos 50 anos 59 anos e 106 casos no grupo dos 30 aos 39 anos. Há ainda a reportar 81 casos na faixa etária dos 10 aos 19 anos e 38 casos abaixo dos 9 anos.

Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8952 são homens e 8095 são mulheres. Das 17.047 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.188 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,6%.

Lisboa e Vale do Tejo com 64% dos novos casos

A maior parte das infecções deste domingo foram reportadas em Lisboa e Vale do Tejo. A região tem 401 novos casos, o que corresponde a 64,1% do total. Já no Norte foram registados 124 novos casos, cerca de 19,8% do valor diário.

O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 342.464 casos confirmados e 5359 mortes. Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 326.412 os registos de infecção e 7226 mortes por covid-19 — e é a região do país com mais vítimas mortais. O Centro contabiliza 120.517 infecções (28 novas) e 3025 mortes. O Alentejo totaliza 30.438 casos (10 novos) e 971 mortes. No Algarve, há 22.653 casos de infecção (mais 34) e 364 óbitos. A Madeira regista 9789 casos de infecção (dois três) e 69 mortes. Já os Açores registam 5799 casos (mais 25) e 33 mortes.

Os valores da matriz de risco que guia o desconfinamento foram actualizados no boletim desta segunda-feira e, segundos os mesmo, Portugal continua na “zona amarela”. Segundo os últimos dados, o indicador R(t), o índice de transmissibilidade da doença, situa-se em 1,09 em termos nacionais e em 1,10 se for considerado apenas o continente. O outro indicador que guia a abertura do país, a incidência nacional a 14 dias por cem mil habitantes, está agora em 84,5 casos. A incidência do território continental é, segundo a última actualização, de 83,4 casos. Ambos os indicadores registam um aumento em relação aos valores da passada sexta-feira, quando o R(t) nacional se situava em 1,07 e a incidência em 79,3 casos.

São estes dois indicadores que ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento. Se os indicadores permanecerem na área verde, ou seja, se o índice de transmissibilidade continuar abaixo de 1 e a incidência abaixo de 120, o desconfinamento poderá avançar, mas se o país chegar à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.

Na quinta-feira, a maior parte do país avançou para uma nova fase de desconfinamento, com novas regras. Há, no entanto, quatro concelhos que não avançaram e terão de obedecer às regras da fase anterior: são eles Lisboa, Braga, Odemira e Vale de Cambra.

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