Há 50 anos que o GEFAC leva a palco o povo que canta e dança

Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra começou a olhar para um campo instrumentalizado pelo regime e levaria as cinco décadas seguintes a preservar o património cultural português. Recebeu o Europa Nostra, um prémio que é o reconhecimento do percurso de gerações.

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Ainda o desfecho não era dado como certo quando, ao fim da tarde do dia 25 de Abril de 1974, dois elementos do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) se deslocaram à sala de ensaios, no edifício da Associação Académica de Coimbra (AAC) para colocar uma frase na porta a anunciar que o grupo estava com a revolução. “Talvez alguns agora se riam, mas quem viveu antes de Abril sabe que para uma simples coisa como esta era preciso ter ‘tomates’”, conta Carlos Monteverde, um dos autores do letreiro, em Bico Bico Chão (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017), livro editado para assinalar os 50 anos do GEFAC.

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