Os lucros precisam de fronteiras

O compromisso a que chegou o G7 é o primeiro passo para uma reforma do sistema fiscal mundial. A competição saudável é uma guerra justa que vale a pena travar.

Uma subsidiária da Microsoft, cuja morada se situa nos escritórios de uma firma de advogados de Dublin, na Irlanda, pagou zero de IRC no ano passado, por ter a sua sede fiscal nas Bermudas — um território que não cobra impostos sobre os lucros das empresas. A Microsoft Round Island One registou 260 mil milhões de euros de lucros, um valor cerca de 30% mais elevado do que o PIB anual português. A Microsoft não é caso único. As multinacionais têm um apreço especial pelos paraísos fiscais, pela concorrência desleal (e não têm uma preocupação ética evidente quando se trata de pagar impostos).

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