O diabo no MEL

Se na primeira convenção do MEL existiu a tentativa de separar a direita da extrema-direita, a edição deste ano mostra como o caldo cultural onde bebem é o mesmo: renderam-se ao extremismo.

É uma das principais leis da política: o principal são as ideias. São elas que fazem mexer o mundo, criam movimentos ou revoluções, levantam governos ou destroem sistemas de poder, juntam pessoas e constroem sonhos ou unem sociedades. Pode haver sindicatos de voto, setores tradicionais, regiões de enraizamento – tudo isso somará alguns votos, mas sem ideias fica-se pelos já convertidos e as hostes próprias, não se alarga influência, apenas fica disfarçado o lento definhar que é a condenação pelo vazio de ideias. No entanto, a reunião das direitas mostra bem a carestia que reina nesse espaço político português, o buraco negro que suga quaisquer pretensões de futuro.

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