Os enólogos unidos são mais divertidos

Duas vezes por ano, os enólogos da região da Península de Setúbal almoçam nas quintas uns dos outros. São concorrentes no mercado, mas nenhuma experiência que esteja a decorrer na adega fica por mostrar ou comentar. Um caso raro em Portugal.

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Daniel Rocha

“Ora, vamos lá ver quais são as aldrabices que este gajo está para aqui a fazer.” O provocador é Filipe Cardoso, da Quinta do Piloto, e o “gajo” é Luís Simões, da Quinta Brejinho da Costa. Em tese, a frase poderia cair num quadro de maledicência, mas é exactamente o contrário. Filipe, Luís e José Caninhas, que está por perto, são os três enólogos responsáveis pela marca Trois (um Trois de Castelão, outro de Fernão Pires e outro ainda de Moscatel Roxo). São amigos e, duas vezes por ano juntam-se a um grupo de 12 enólogos da região da Península de Setúbal que, à volta de uma mesa, numa adega da região e/ou fora da região, falam, discutem, propõem, dão a provar vinhos, provocam-se e, acima de tudo, aprendem em ambiente muito descontraído. No dia 17 de Maio ocorreu, na Quinta Brejinho da Costa, o 16.º Almoço de Enólogos, que é como se chama este informal encontro de gente do vinho.

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