Crosby Stills Nash & Young: tanta luz a esconder tamanha escuridão

Déjà Vu é o som irrepetível de vozes a harmonizarem-se para nos dizerem Carry On. É o álbum que confirmou a lenda e que os firmou como modelo a seguir por qualquer banda que electrifique a folk e lhes junta vozes cantando em conjunto. É, também, o álbum em que, entre drogas, lutas de ego e ambições desmedidas, tudo desabou com estrondo.

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Henry Diltz

Foram os maiores e mais bem-sucedidos representantes do som de Laurel Canyon que, com as suas harmonias vocais, a sua introspecção, as suas melodias delicadas, dominaria a primeira metade dos anos 1970. Com os dois primeiros álbuns, deixaram um legado que continuou a frutificar décadas depois — os Fleet Foxes, por exemplo, devem-lhes quase tudo. Foram ícones de um bucolismo que se desejava transformador, de uma contracultura que julgava poder tomar conta do mundo, foram vozes de um pacifismo militante, comunitário, solidário. Os Crosby, Still, Nash & Young, então: estrelas maiores de Woodstock, o festival que se tornou lenda da sua época. Os Crosby, Stills, Nash & Young, “os Beatles Americanos”, supergrupo formado por dois americanos, um canadiano e um inglês, grandes nascidos das cinzas de outros grandes: The Byrds, Buffalo Springfield e The Hollies. Eles, os das celestiais harmonias vocais de Suite: Judy Blue Eyes ou de Guinnevire, o das vozes impossivelmente belas de Carry on, Teach your children e Déjà vu.

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