Prémio de inovação de um milhão de euros da Imprensa Nacional é hoje entregue

Distinguidos três projectos de investigação.

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Imprensa Nacional-Casa da Moeda Mário Lopes Pereira

O prémio de inovação IN3+, iniciativa da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) que distingue com um milhão de euros três soluções inovadoras, é entregue esta segunda-feira, pelas 11h, a projectos nas áreas da inteligência artificial, nanotecnologia e comunicação digital.

A terceira edição distingue os projectos AICeBlock (da associação Fraunhofer Portugal), HIGHLIGHT (da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), e IDINA (do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Tecnologia e Ciência, ou Inesc-Tec).

As equipas premiadas vão desenvolver os projectos em conjunto com a equipa do INCMLab, laboratório da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, para “aplicar as suas soluções à escala real e, assim, contribuir para a inovação na oferta de produtos e serviços que chegarão a todos e à sociedade”, refere um comunicado de imprensa da INCM.

O projecto AICeBlock, coordenado pelo investigador André Carreiro, da Fraunhofer Portugal, pretende criar uma plataforma, sustentada na tecnologia de registo de dados distribuído blockchain, que “permita fomentar a confiança em aplicações de base em inteligência artificial através da sua certificação”, tornando possível “interpretar, rastear e auditar as previsões dos modelos “inteligentes” usados em áreas como a condução autónoma ou diagnóstico por computador”.

Recorrendo à nanotecnologia, o HIGHLIGHT, do laboratório de nanofotónica de Manuel J. Mendes da Universidade Nova de Lisboa, propõe desenvolver “uma tinta que permite manipular a luz, dando a possibilidade única de variação óptica visível ou invisível ao olho humano”. Esta tinta poderá ser aplicada em todo o tipo de documentos e selos de segurança e “ser muito útil ao mercado de anticontrafacção”, realça o comunicado da INCM.

O IDINA, apresentado pelo investigador do Inesc-Tec João Marco Silva, “pretende solucionar os problemas de identificação por falta de sistemas centrais que o façam”. De acordo com a INCM, trata-se de “uma ferramenta que poderá ter grande utilidade em zonas remotas de alguns países, que não têm as infra-estruturas que permitam a creditação dos seus cidadãos, dando a autoridade necessária a instituições credíveis, como escolas, instituições de saúde e autoridades locais, para atestar o nascimento” ou processos como a vacinação ou o ingresso no ensino.

O prémio de inovação IN3+ visa “apoiar a geração de novas ideias nacionais e internacionais” e destina-se a “todos os investigadores, empreendedores, centros de investigação, universidades, empresas ou “startups” que fazem parte da Rede Inovação INCM”.

O montante total do prémio é distribuído de forma diferente pelos distinguidos, consoante fiquem em primeiro lugar (até 600.000 euros), segundo (até 250.000 euros) e terceiro lugar (até 150.000 euros), o que se ficará a saber esta segunda-feira na cerimónia de entrega, que poderá ser acompanhada por videoconferência.

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