Portugal deu 1,5 milhões de doses de vacina anticovid-19. Atingido recorde de 50 mil injecções num só dia

Esta quinta-feira foi o dia com maior volume de doses administradas, 50 mil. Em simultâneo, também está alcançado o valor de cerca de meio milhão de segundas doses inoculadas.

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Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo RODRIGO ANTUNES/lusa

Portugal ultrapassou esta sexta-feira um milhão de vacinados com a primeira dose de uma das vacinas contra a covid-19 e, em simultâneo, serão atingidas 500 mil segundas doses administradas, segundo fonte da task force do plano de vacinação.

“Está já hoje ultrapassado em Portugal a barreira de um milhão de primeiras doses administradas de vacinas contra a covid-19”, disse à agência Lusa fonte da equipa coordenada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

A mesma fonte acrescentou que, “em simultâneo, será alcançado o valor de cerca de meio milhão de segundas doses inoculadas”, sendo que quinta-feira foi “o dia com maior volume de doses administradas: 50 mil”.

Portugal começou a vacinar a população em a de Dezembro de 2020. No primeiro dia foram vacinadas 4534 pessoas.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a União Europeia (UE) está disposta a utilizar “todas as armas” para impor reciprocidade no acesso às vacinas, mas só em último caso recorrerá à proibição das exportações.

O chefe do Governo, que transmitiu esta posição em conferência de imprensa no final de uma reunião do Conselho Europeu, acrescentou que a Comissão Europeia (CE) está a trabalhar para organizar à escala europeia um esforço adicional para aumentar a capacidade de produção.

Durante a conferência de imprensa António Costa nunca se referiu directamente ao Reino Unido na questão da controvérsia sobre acesso às vacinas e, em contrapartida, citou o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em defesa da cooperação no combate à pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2.

A CE exigiu, também na quinta-feira, que a farmacêutica AstraZeneca, que está envolta em polémica por causa da incapacidade de produção de vacinas para os Estados-membros da UE, recupere os atrasos e honre o acordado antes de exportar os fármacos para fora da UE.

A polémica em relação à AstraZeneca surgiu depois de ser conhecida a incapacidade de distribuição para a União Europeia e também a exportação de vacinas de fábricas na UE para países terceiros, nomeadamente o Reino Unido, o que levou Bruxelas a criar em Janeiro um sistema de controlo de tais operações.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia anunciou um reforço deste mecanismo de transparência e de autorização para exportações de vacinas, um esforço para assegurar o acesso atempado aos fármacos contra a covid-19 através da introdução de princípios de reciprocidade e proporcionalidade.

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