Depósitos de particulares atingem novo máximo histórico em Fevereiro

Em mês de confinamento, poupança aumentou perto de mil milhões de euros face a Janeiro.

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Pascal Lauener

Os depósitos de particulares nos bancos residentes atingiram o valor mais elevado de sempre em Fevereiro, totalizando 163,8 mil milhões de euros no final de Fevereiro, revelou esta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).

Face a Janeiro, o montante confiado aos bancos aumentou perto de mil milhões de euros, mais concretamente 956,1 milhões, o que corresponde a uma taxa de variação anual 8,9%, valor 1,1 pontos percentuais acima do primeiro mês do ano.

O aumento da poupança mantida nos bancos tem vindo a crescer com a pandemia, por efeito directo dos períodos de confinamento, mas também por receio das consequências da crise económica gerada pela pandemia.

Em Janeiro, o montante dos depósitos já tinha registado um recorde, nos 162,8 mil milhões de euros.

Na vertente dos empréstimos, também se verificou um crescimento, às empresas e aos particulares.

O stock dos empréstimos a particulares ascendeu a 120.958 milhões de euros, mais 164,9 milhões de euros em comparação com o mês anterior. Trata-se do valor mais elevado desde Junho de 2015.

Os empréstimos à habitação continuaram a subir, ascendendo a cerca de 95.531 milhões de euros em Fevereiro, acima dos 95.277 milhões de euros do mês anterior.​  A taxa de variação destes empréstimos foi de 2,7%, reflectindo um aumento de 0,2 pontos percentuais face a Janeiro, revelam os dados do BdP.

Em sentido inverso, a taxa de variação anual do crédito para fins de consumo desceu 1,2 pontos percentuais face a Janeiro, para -1,7%. O montante total deste crédito ascendeu a cerca de 18.854 milhões de euros, contra 19.236 milhões de euros no mês homólogo.

Mas os empréstimos para outros fins totalizavam 6573 milhões de euros em, mais 68 milhões de euros que no mês anterior, mas abaixo do valor homólogo.

Os empréstimos às empresas voltaram a crescer, apresentando uma taxa de variação anual de 11,2%, mais 1,3 pontos percentuais do que o observado no mês anterior, explicado em boa parte pelas linhas de crédito covid.

A maior subida verificou-se nos empréstimos às médias e às pequenas empresas, com taxas de variação de 7,2% e 15%, respectivamente.

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