Despesa do SNS sobe e atinge os 1876 milhões de euros

Aumento de recursos humanos é uma das justificações. O Serviço Nacional de Saúde tinha em Fevereiro 145.565 profissionais, mais 10.786 que no mesmo período do ano passado.

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Manuel Roberto

Nos primeiros dois meses deste ano, segundo dados da Conta do Serviço Nacional de Saúde, a despesa do SNS cresceu 10,5% face a igual período do ano passado, tendo atingido 1876 milhões de euros. O aumento de recursos humanos, para responder à pandemia, é um das justificações. O SNS tinha em Fevereiro 145.565 profissionais.

Os dados fazem parte da execução orçamental que é apresentada esta quinta-feira. De acordo com a informação divulgada pelo ministério das Finanças, a despesa com pessoal registou um crescimento de 10,1%, o que se traduz em mais 77,7 milhões de euros. Um acréscimo que está associado ao aumento de profissionais no SNS em relação ao período homólogo.

Comparando Fevereiro deste ano com Fevereiro do ano passado, existem agora mais 10.786 profissionais (um acréscimo de 8%). Em números absolutos – e neste caso também em termos percentuais - foi o grupo dos assistentes operacionais aquele que registou a maior subida: mais 3934 trabalhadores, que se traduziram num acréscimo de 14,6%. Em segundo ficou o grupo dos enfermeiros, com a contratação de mais 3504 destes profissionais. Também no que diz respeito aos médicos houve um aumento de 1011 profissionais (incluindo internos). A excepção nesta tendência foi o grupo dos técnicos superiores de saúde: menos 716 profissionais.

aumento de recursos humanos no SNS registou-se logo em Janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado, como o PÚBLICO noticiou. E à semelhança dos dados disponíveis no Portal do SNS, a informação divulgada pelo Ministério das Finanças também não revela a distribuição dos novos recursos humanos por tipo de contratos efectuados. Em 2020, o Governo criou um regime excepcional de contratação por quatro meses para responder à pandemia, permitindo a renovação desses contratos por igual período. Embora uma parte destes contratos esteja a ser convertida em entradas para os quadros, há, segundo vários sindicatos, profissionais de saúde que estão a ser dispensados.

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