Despesa do SNS com a pandemia ultrapassou os 900 milhões

Em ano de pandemia, a maior fatia da despesa foi para gastos com pessoal e material de consumo clínico.

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A pandemia aumentou de forma significativa a despesa do Estado no SNS Manuel Roberto

A despesa paga pelas entidades do Ministério da Saúde com a pandemia de covid-19 no ano passado ultrapassou os 900 milhões de euros.

Os dados oficiais indicam que a despesa no Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou 11,3% em Janeiro deste ano relativamente ao mesmo período de 2020, mais 93 milhões de euros, totalizando 915,9 milhões.

A maior fatia da despesa foi para gastos com pessoal e material de consumo clínico.

Segundo dados do Ministério da Saúde, para conseguir dar resposta à pandemia, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) contratualizou até final de Janeiro deste ano 745 camas com o sector privado e social e 236 com as Forças Armadas, num total de 981.

No início da pandemia, em Março do ano passado, o SNS tinha um total de 1142 ventiladores para ventilação mecânica invasiva adaptáveis ao tratamento de doentes covid-19 e a capacidade quase duplicou, pois há neste momento 22161 ventiladores deste género.

O número de camas para internamento em enfermaria e nas unidades de cuidados intensivos disponíveis é gerido pelas instituições hospitalares, em coordenação com as respectivas administrações regionais de saúde e, por isso, o valor absoluto é variável, por vezes diariamente, em função das necessidades de cada momento.

De acordo com dados fornecidos à Lusa, no que se refere a camas em Unidades de Cuidados Intensivos, antes da pandemia havia 431 camas UCI nível III (Janeiro 2020) e, a 10 de Fevereiro, Portugal dispunha de uma capacidade possível de 1411 camas em UCI.

Segundo os dados da Direcção-Geral da Saúde, em Fevereiro atingiu-se o pico de doentes internados tanto em enfermaria (6869, a 1 de Fevereiro) como em UCI (904, a 5 de Fevereiro).

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