Príncipe Carlos ataca grupos antivacinas

Em Fevereiro, Carlos e Camila, 73 anos, tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, bem como a rainha Isabel II, 94 anos, também se dirigiu aos britânicos, encorajando-os a fazerem a vacinação.

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Carlos e Camila visitam um centro de vacinação contra a covid-19 Reuters/POOL

O príncipe Carlos, o primeiro na linha de sucessão ao trono britânico, critica aqueles que fazem lobby contra as vacinas contra a covid-19, escrevendo que podem “proteger e dar liberdade” alguns dos membros mais vulneráveis ​da sociedade. Num artigo publicado nesta quarta-feira para o Future Healthcare Journal, o herdeiro do trono também atacou aqueles que se manifestavam contra as vacinas.

“Quem pensaria que no século XXI haveria um significativo lobby contra a vacinação, dado o seu histórico na erradicação de tantas doenças terríveis e seu potencial actual para proteger e libertar alguns dos mais vulneráveis na nossa sociedade do coronavírus?”, escreveu o príncipe, de 72 anos, que testou positivo para a doença que deu origem à pandemia, em Março do ano passado.

Em Fevereiro, Carlos e Camila, 73 anos, tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, bem como a rainha Isabel II, 94 anos, também se dirigiu aos britânicos, encorajando-os a fazerem a vacinação, declarando que tinha feito, não lhe doera e apelou para que as pessoas não fossem egoístas.

No entanto, o foco do artigo do príncipe, é de sublinhar a importância da ciência ligada a políticas públicas e comportamento pessoal. “Também acredito que a medicina precisa de combinar a biociência com crenças, esperanças, aspirações e escolhas pessoais”, escreve Carlos, pedindo uma abordagem de mente aberta para a medicina complementar, cujas virtudes há muito defende, apesar das críticas de alguns profissionais da área médica.

Em 2011, um importante professor de medicina complementar acusou o príncipe de “charlatanismo”, dizendo que ele e outros apoiantes de terapias alternativas eram “vendedores da banha da cobra” que promoviam produtos sem base científica. Então, Carlos declarou que sempre defendeu “o melhor dos dois mundos”, procurando um meio-termo entre a medicina convencional e a complementar baseada em evidências. “Só assim podemos fugir às divisões e à intolerância em ambos os lados”, defendendo a regulamentação adequada das terapias comprovadas como a acupunctura e a fitoterapia.

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